A senhora escreve em ‘O Independente’. A senhora gosta mesmo é de «cobrir» o «social». Mas escreve sobre seja lá o que for. Escreve. Na última edição escreveu assim, a fechar um artiguinho sobre o Parque Mayer: «… Enfim, o que se pretende é desenvolver um bom projecto cultural, gastando o mínimo possível». Dir-me-á a própria quando e se ler isto: «Escrevi e então? Acha mal?». Ou então, ainda pior, dirá, inquiridora: «Mas o que é que isso tem de mal?»
Eu explico: é que esta frase é sua, minha senhora. É uma apologia e um projecto político, mas não vem da boca de nenhum dos políticos envolvidos. A senhora enuncia aquilo como um seu (seu, mesmo seu) projecto político. Ora nós sabemos que se há projecto em que esta maioria não tem poupado dinheiro (melhor em que tem esbanjado dinheiro sem mexer uma palha) é este…
Ou seja: estou aqui, simplesmente, a acusá-la, minha senhora. A acusá-la de fazer o elogio descarado desta maioria, por sua conta e risco.
Tenha mas é algum bom senso e atenha-se à sua qualidade de jornalista: reporte, cite, transcreva. Mas, por favor, não enalteça por sua conta e risco. Ou então faça-o em coluna de opinião, entregue a carteira profissional e tudo estará bem.
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