Acabei de receber cópia via mail deste «Comunicado de Imprensa»:
«A Plataforma pelo Monsanto, impedida de intervir na Sessão pública da
Câmara Municipal de Lisboa do próximo dia 28 de Junho na sequência de
eventos de contornos pouco claros e que, no limite, poderiam configurar
uma tentativa de censura à livre expressão das opiniões e objectivos de
Defesa e Salvaguarda dos valores ambientais do Parque Florestal do
Monsanto, vem dar público conhecimento do teor da intervenção que iria
apresentar ao colégio dos Vereadores, num dia a que se apresenta a
votação uma proposta que vem ao encontro das aspirações de todos
quantos desejam um Monsanto voltado para a fruição da natureza e sua
preservação em benefício da região de Lisboa em geral e da cidade e
seus munícipes em particular:
Memorando da Plataforma por Monsanto a todos o partidos com
representação na Câmara Municipal de Lisboa sobre o Campo de Tiro de
Monsanto.
A cidade de Lisboa tem o privilégio de possuir no seu interior um bem
fundamental para o seu bem-estar, para a sua qualidade de vida, para a
qualidade do ar que respira: O parque florestal de Monsanto.
O campo de tiro, situado junto ao espaço Monsanto, viola, com a
conivência e indiferença de sucessivos executivos municipais, todas as
regras do parque e e' uma fonte de elevada poluição ambiental.
Para alem do elevado ruído e da contaminação dos solos que provoca, as
pessoas que passeiam ou frequentam esta área são constantemente
agredidas por autenticas chuvadas de chumbo e pedaços de pratos
correndo sérios riscos de sofrer acidentes com consequências graves, o
que alias já se verificou no passado recente.
Cada vez são mais os visitantes do parque, cada vez são maiores os
riscos de acidente.
Esta área que é de sensibilização ecológica e ambiental é frequentada,
entre outros, por grupos de crianças em idade escolar que aprendem que
devem respeitar e proteger o ambiente e que ao mesmo tempo são
atingidas por chumbo e por um barulho insuportável e constante. O
espaço envolvente está altamente contaminado com chumbo com todas as
consequências nefastas para o meio ambiente que dai advêm. Isto é
absolutamente incoerente e contraditório.
Com podem ser eficazes estas actividades promovidas pela CML, se mesmo
ao lado, esta, que deveria dar o exemplo permite e patrocina uma
actividade desta natureza?
Apesar da enorme quantidade de queixas existentes, da opinião contrária
da esmagadora maioria da opinião publica que frequenta Monsanto, dos
pareceres dos técnicos da CML, de poluir, amedrontar e provocar
atritos, de violar todas as regras de bom senso o campo de tiro
continua a funcionar.
A hipotética ampliação /reorientação do campo iria ter como
consequência a contaminação de novos espaços, o inconcebível abate de
milhares de árvores e apenas seria a transferência de um grave problema
para outro lado.
Em 2007 termina o contrato de concessão e a CML tem uma excelente
oportunidade de retirar definitivamente do parque um equipamento que
representa a maior fonte de perigo e poluição existente em Monsanto.
Basta que para isso exista coragem e vontade politica.
A Plataforma por Monsanto apela a todos os partidos representados na
CML para que tomem medidas de modo a retirar este equipamento do parque
e resolver de vez este gravíssimo problema, não só de Monsanto, mas de
toda a cidade de Lisboa.»
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