segunda-feira, abril 30, 2007

Novo blog em Lisboa começa malzito

Colaborações é diferente de transcrições
Aclarar, aclarar, aclarar sempre...

Falo do novo blog que apareceu em Lisboa neste fim-de-semana em defesa - e sobre isso nada a dizer - da permanência de Carmona Rodrigues na CML.
Aliás, devo ter sido o primeiro a registar aqui o seu aparecimento.
Lê-se logo no cabeçalho desse blog:
«O Blog dos que querem que Carmona fique / Convidamos todos a que participem e que divulguem. Os contributos que quiserem deixar poderão ser feitos através da colocação de comentários que serão posteriormente publicados. Os comentários deverão ter sempre um título e poderão ou não ser assinados. Dada a natureza e o objectivo deste blog, a publicação dos comentários aqui colocados dependerá da adequação a esta linha editorial».
Até aqui, tudo normal, apesar desta última reserva. Mas, dada a experiência, e dado que é uma regra estabelecida à partida, tudo bem.
Outro desafio:
«Diga o que pensa / Porquê Carmona Rodrigues deve manter-se à frente da Câmara Municipal de Lisboa?Junte-se a nós e lute contra a corrente. Deixe a sua mensagem nos espaços para comentários em qualquer texto para posterior publicação».
Passe a incorrecção formal das primeiras palavras, também nada do outro mundo.
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Mas... gato por lebre é que não
Mas o grave é isto: três textos, assinados respectivamente por Moita Flores, Octávio Ribeiro e Graça Moura, aparecem neste blog como de de colaborações específicas para a causa se tratasse... Fraude pura. Telefonaram-me há bocado: «Eh, pá, então o teu amigo Moita Flores... e tal». E eu: «Ah, sim? E o que é que diz?» leram-me. E eu: «Eh, pá. Isso li este fim-de-semana no 'Correio da Manhã»...
Fui ver.
Não era só o Moita Flores que era abusado. Porque é de abuso que se trata: abuso sobre o autor e abuso contra o leitor menos viajado nos jornais, na net, o que queiram.
Eram também o Octávio Ribeiro (também 'CM') e o Graça Moura ('DN').
Quer dizer: os colunistas escrevem nos seus jornais.
Quem os cita deve indicar duas coisas: que está a citar e qual a fonte de onde retirou os textos, mesmo que lhes tenham sido enviados por terceiros. Nada faz esmorecer essa obrigação.
Boa fé ou má fé, nem me interessa. Mas os «managers» do blog que resolvam lá essa questão - que não é de somenos.
Feita a coisa assim, é publicar gato por lebre.
Emendem lá a mão.
A comunidade blogosférica vai agradecer o gesto: autores e leitores.

5 comentários:

José Carlos Mendes disse...

Já está corrigida a coisa, lá, no blog de que falo.


Assim, sim!

postman disse...

Os textos que são reproduzidos na comunicação social são, até ver, públicos. Obviamente que para a sua utilização na nova comunicação social, a do individuo ( a blogoesfera), devem ser transcritos total ou parcialmente, sempre com a identificação do autor e com a data e local da sua publicação.

Para as fontes é mais um meio para atingir mais público.

Aconselho, pois, JCM a ler bem o texto de Miguel Sousa Tavares do Expresso deste fim-de-semana, sobre a situação da CML. Na minha modesta opinião o PCP devia estar atento ao que se passa à sua esquerda ( ou direita conforme quiserem colocar o BE). Para MST e para a grande maioria da Comunicação Social a oposição na CML é Sá Fernandes e a esquerda (recauchutada) do BE.

Deixem-nos ter mais protagonismo, deixem...

José Carlos Mendes disse...


Repito: agora já está bem. No blog já se escreveu agora (repito: agora) que os textos foram retirados dos jornais citados e não se deixopu o equívoco (real: houve quem me telefonasse, como conto).


Sobre o mesmo assunto, não acompanho em nada a RTP que acaba de dizer que os textos foram inseridos no blog sem autorização dos autores. Era o que me faltavaa mim era ter de telefonar a toda a gente que cito, transcrevendo e ainda fazendo o favor de inserir um link para a origem...


Quanto ao texto de MST no 'Expresso', e no que toca a considerar que SF é o único opositor de Carmona Rodrigues e do PSD, digo só isto:
a)um sorriso para MST - :);
b)a oposição da minha gente (PCP) só se dirige às políticas e não às pessoas - e aí pode MST não conhever, mas é só ver as numerosíssimas Notas à imprensa e é só ver as votações - por exemplo nos casos quentes. E fica tudo dito;
c)mas, no caso concreto do Parque Mayer, que é o que tem dado mais nas vistas, é só ver as datas: o PCP participa o caso às instâncias judiciais em 5 de Agosto de 2005. Repito: em 5 de Agosto de 2005.

...

Não, não me estou a atirar aos jornais e tal. Atiro-me, sim, aos directores e editores.
Já o escrevi: mesmo contando com o black out, prefiro ser comunista. Com metade do que os comunistas têm feito, se o não fossem (raciocínio de contra-senso, porque se o não fossem não fariam o que fazem, como é evidente), teriam 100 vezes mais visibilidade: não faltam boas razões para isso...

Anónimo disse...

JCM, já vi coisas bem piores neste seu site!

José Carlos Mendes disse...

E já cá viu o quê de pior?
Alerte-me. Gosto de melhorar sempre...

E se é assim tão «pior», vem cá para quê?

Passe bem.