sexta-feira, maio 11, 2007

Lisboa: ai, CML, CML, até onde chegaste…




Participação de leitor até dá raiva
À atenção de todos os candidatos e suas equipas: é quase um programa eleitoral em matéria de recursos humanos. Tomem nota!!!

Um/a leitor/a deixa aí em baixo um comentário quase emocionado que me dá vontade de puxar para a primeira página.
É de tal forma intenso, que quando li até senti uma raiva danada. Porque conheço a cena. Contam-me coisas dessas todos os dias. Ainda ontem: foi a última num sector em que um tiranete municipal de topo continua a impor de forma ofensiva… Mas as pessoas têm medo de represálias. E não me autorizam a citá-las, nem eu o faria sem segurança para elas, evidentemente.
Leia então o comentário:
«É muito triste pensar que em 6 anos vimos um barco a afundar, um barco chamado Câmara Municipal de Lisboa. A nível financeiro temos uma CML falida. (Quanto a) o funcionamento, temos todas as equipas desmotivadas (serviços). Não se pode trabalhar em pleno e servir a Cidade se os funcionários que conhecem os processos passam um ano a tentar ensinar a orgânica e os tramites ao bando de assessores que vêm de fora com a mania que eles é que sabem e que tudo o que é funcionário da CML não presta. Logo de seguida esses mudam e têm de se ensinar novos assessores.... na maioria putos arrogantes acabados de sair da casa da mãe!
Em nenhuma gestão anterior da CML, com 20 anos de Câmara, nunca se sentiu esta instabilidade instalada desde o pequenino serviço ao mais alto nível. Desde a pequena Biblioteca de Bairro até ao gigante Edifício da CML no Campo Grande, não há funcionários motivados…. O que hoje é verdade amanhã deixou de o ser. A chefia que conheces hoje já não é a mesma amanhã. Impera a arrogância nas chefias nomeadas vindas de organismos externos da CML e o medo de arriscar e tomar atitudes nas que pertencem aos quadros da CML.
A CML precisa de uma mão forte que tome medidas fortes par voltar a levar o barco ao bom porto, em que já esteve ancorado, mas também todos nós funcionários esperamos que essas medidas sejam não discriminatórias como tem sido usual nestes últimos 6 anos.
Será que vai ser desta? Não podemos esquecer que precisamos ganhar essa estabilidade rapidamente…. Não queremos milagres, mas queremos ver resultados sem desculpas de que em 2 anos não se pode fazer muito. Pode. Desde que se comece por cima e não por baixo, como tem acontecido».


Obrigado pela ajuda, caro/a leitor/a!

E mais: pelo lado da CDU, garanto que conhecemos o cenário, como lhe digo, e que como é evidente lutaremos pela solução que aponta. Acho que os trabalhadores municipais o sabem...

2 comentários:

Anónimo disse...

E atenção que isto também se passa com os (tão esquecidos) funcionários das Juntas de Freguesia que, pior ainda, estão em situação precária, sujeitos a todas as arbitrariedades.
Não esquecer que muitos desses "putos arrogantes acabados de sair da casa da mãe" também foram para Presidentes de Junta, para grande desgraça de quem aí trabalha...

Anónimo disse...

com os bons exemplos vindos de cima (de guerrilha permanente ao funcionário público) como estranhar que os filhotes deslumbrados e a treinar para o poder sigam os exemplos dos papás?