sexta-feira, dezembro 29, 2006

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!!!!!!! BOM ANO !!!!!!!

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Lisboa
Balanço de 2006

Do Lumiar, chega-nos o balanço do ano de 2006 feito pela CDU local sobre o trabalho da CML durante o ano que ora finda. Dê uma saltada ao blog respectivo, aqui.

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Lisboa
E a tal reabilitação?

Lembram-se dos grandes placards a ocupar fachadas inteiras de prédios de dez andares pelas avenidas de Lisboa? Eram os grandes instrumentos de comunicação da CML a propagandear que a reabilitação assim, a reabilitação assado, os milhares de prédios que estavam em reabilitação e tal. Lembram-se?
Pois tudo isso não passou de propaganda barata (as telas gigantescas até foram pagas por bancos e companhia).
Ao fim de 5 longos anos de propaganda, pouco mais do que as 12 casas de São Bento (na foto, retirada do site da EPUL)...
A própria Diana Ralha, depois de em 2006 acompanhar o que se passava na Cidade, tem de o confessar. No Público de hoje: «Não se sabe se em 2007 a autarquia de Lisboa continuará a dizer que o paradigma imobiliário da cidade mudou e que a reabilitação do edificado é uma das prioridades da capital e deste Executivo. Em 2006, pelo menos, esse paradigma não chegou às avenidas novas de Lisboa».
Registo com satisfação que se constate o real nas páginas (por vezes virtuais) dos jornais...

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quinta-feira, dezembro 28, 2006



Lisboa
Como vai a Cidade?

A CDU da Cidade de Lisboa publicou o seu jornal, o «Lisboa Cidade». Fica-lhe aqui o acesso aos textos todos do periódico. É no site do PCP / Lisboa. Dê lá uma saltada e passe os olhos pelos temas. Interessante.

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Lisboa
Propaganda sai. Propaganda fica

Não há desculpas. A CML arrancou do mesmo passeio no Saldanha propaganda do PCP e deixou lá a do Bloco de Esquerda… Que giro! E agora?
Aí fica a foto probatória publicada no site do PCP / Lisboa. A seta 1 indica o sítioonde estava o placard do PCP, a seta 2, o painel do BE que lá continua(?)va ainda.

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Lisboa
Alto do Lumiar tem associação «para trabalhar»

«Segundo a sua Comissão instaladora, “o trabalho está todo por fazer, o sucesso e força da ARAL vai depender do empenho, mobilização e intervenção dos moradores do Alto do Lumiar, por isso todos são bem-vindos”.
A ARAL já tem o seu próprio blog. Dê lá uma saltada.
«A Associação está neste momento a trabalhar no programa de actividades e iniciativas para o ano de 2007, que espera venha a ser “um programa aberto, sempre com a perspectiva de ser melhorado à medida que surjam mais boas ideias, mais massa crítica e mãos para trabalhar”.»
In blog da CDU do Lumiar
Uma das primeiras questões será, sem dúvida, a da escola pública prometida e que a DREL diz que só constrói quando os terrenos «estiverem disponíveis», como disse Fontão de Carvalho. Só que, como sublinha a CDU do Lumiar, «ainda não estão em condições de serem disponibilizados»… Ganda confusão.

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Lisboa
Bairro da Liberdade

A propósito do Plano de Pormenor do Bairro da Liberdade, sobre o qual a Câmara de Lisboa prometeu promover sessões com a população local, um eleito da CDU na assembleia de Freguesia de Campolide escreveu o que segue no seu blog pessoal: «A CDU valoriza positivamente esta nova etapa agora iniciada, salientando que ela resulta fundamentalmente da persistência da luta desenvolvida pela população, com o apoio da CDU e a nossa activa participação, por habitações condignas, por urna melhor qualidade de vida para o Bairro, melhores condições de acessibilidade e instalações e equipamentos sociais — como o Mercado —, pela recuperação da Escola 96 ou a construção de outra que a substitua, pela extensão do Centro de Saúde para o Bairro, a extensão da Junta de Freguesia, melhores Instalações para as Estruturas Associativas do Bairro, Espaços de Lazer e Convívio, Centro de Dia para os Idosos. Estruturas Desportivas, a redinamização do Comércio Local, enfim uma melhor qualidade de vida para os moradores do Bairro da Liberdade e Serafina.»
Orlando Duarte no blog 'Que política em Campolide'

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Lisboa
Gebalis e o microcrédito do Millenium

“O Millennium bcp Microcrédito firmou um acordo de cooperação com a Gebalis, empresa municipal que gere os bairros municipais da região de Lisboa, com vista ao desenvolvimento e incentivo ao empreendedorismo desta região.
«Com este acordo, o Millennium bcp e a Gebalis pretendem maximizar a identificação, estímulo e apoio da capacidade de iniciativa e vocação empreendedora dos moradores nos bairros municipais de Lisboa, com vista à criação de micro-empresas ou auto-emprego», refere a instituição em comunicado.”
In Agência Financeira, hoje.

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As Boas Festas da Peugeot a Portugal

Não há discursos de Sócrates que apaguem esta realidade: mais uma grande empresa quer dar à sola e deixar mais de 6400 pessoas no desemprego.
É a Peugeot. É em Mangualde, lá para a minha Beira natal.
E ainda se atreve a vir com uma história de não ter terreno para expandir o negócio. É o descaramento total.
Reflicto sobre isto no blog O Carmo e a Trindade. Queira ir lá e ler-me…
Boas Festas para si, ao menos.


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Como se faz hoje o jornalismo que aí temos?

É um alarmante estudo da Universidade do Minho. Entre as muitas questões aí levantadas, sobressai o papel de facto desempenhado pelos assessores de imprensa e similares: “Outro dado resultante do estudo é a «incapacidade do consumidor das notícias de detectar a intervenção dos técnicos de comunicação e relações públicas na construção das mesmas», porque «só em 1,3 por cento do total das notícias analisadas foram identificadas fontes profissionais de informação». «É fácil imaginar, a partir do que conhecemos do funcionamento das redacções e dos dados obtidos nesta investigação, que, quando prepara a agenda para o dia seguinte, o editor rodeia-se de uma imensa pilha de notas de imprensa, comunicados, convites e dossiês que chegam, sofisticadamente, aos jornais», refere Vasco Ribeiro. O investigador realça que «a assessoria de imprensa tem vindo, progressivamente, a apurar as suas técnicas e ferramentas de trabalho», cruzando-se com áreas como o marketing, gestão, multimédia, audiometria, linguística e o próprio jornalismo, tornando mais eficazes as estratégias de persuasão”.
Lusa e ‘Sol’ on line. Leia mais aqui.


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Lisboa
Para encontrar «bodes expiatórios»?
Sindicância sem qualquer efeito?

Há quem não acredite na sindicância que aí está. Por exemplo Pedro Almeida Vieira, ‘Estrago da Nação’: «(…) uma sindicância interna acaba por ser um exercício sem qualquer efeito que não seja a sua desresponsabilização política e como gestores autárquicos, mais ainda se, no fim, se encontrarem os convenientes bodes expiatórios (funcionários)».

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Lisboa
Sindicância ao Urbanismo da CML
Oxalá seja rápida e independente

Penso que deve ler o artigo que escrevi para o blog O Carmo e a Trindade sobre a sindicância aos serviços de Urbanismo da Câmara de Lisboa.
Dedobrei a peça em seis capítulos: 1 - Presunção de inocência; 2 - Suspeição; 3 - Sindicância; 4 - Apurar o quê?; 5 - Casos recentes; 6 - Mas há muito mais a investigar.


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Vários acusados de plágio

Por acaso, dei com este texto num blogue: «Plágio! / Sendo a inveja um dos nossos sentimentos prevalecentes, não surpreende que de vez em quando os escritores mais mediáticos sejam acusados de plágio por anónimos e desconhecidos. O último caso aconteceu com Miguel Sousa Tavares, e a propósito dele lembrámo-nos de outros».

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Lisboa insegura
Mais assaltos
Esquadra da Ajuda, precisa-se.

«Os moradores da Ajuda continuam a ser alvo da onda de assaltos que há muito marca o quotidiano daquela freguesia lisboeta. (…) Para acabar de vez com a situação, os moradores reclamam a abertura da esquadra "cujas instalações, cedidas pela Câmara Municipal de Lisboa, e localizadas junto ao cemitério da Ajuda, já estão a degradar-se" explicou Vítor Pereira.»
Ana Fonseca, JN, hoje

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Lisboa
Menos mortos em acidentes

Os dados são da Direcção-Geral de Viação: «O número de mortos resultantes de acidentes de viação em Lisboa diminuiu para metade nos primeiros dez meses deste ano. Entre Janeiro e Outubro (incluído) morreram 15 pessoas, menos 13 do que em igual período no ano passado. O número de feridos graves também desceu, registando-se menos 33 casos do que em 2005».
Alexandra Reis, Público, hoje

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Câmara de Lisboa também?
PSD dividido

«Traço um cenário muito negro do desempenho do Partido Social Democrata, em 2006. Sem me querer alongar muito, não é normal o que tem acontecido na príncipal Câmara do país, tendo-se gerado uma grande crise governativa quando Marques Mendes, lider do Partido, resolviu intervir no trabalho do Presidente da C.M.L., Carmona Rodrigues. Além disso, a actuação de Paula Teixeira da Cruz tem prejudicado muito a maioria dos social-democratas e a maioria dos lisboetas. Assim, com um passo desempenho dos líderes do Partido e da Distrital, as críticas têm vindo a crescer, de vários lados, dos quais se destacam, sem dúvida, Morais Sarmento, Luis Filipe Menezes e Helena Lopes da Costa, além de Rui Rio, que já mostrou esar em desacordo com alguns comportamentos de Mendes. O partido está cada vez mais dividido e para isto nem sequer contou com qualquer palavra de Pedro Santana Lopes que, com certeza, pederá explicações aos líderes que referi dentro de pouco tempo, devido à intenção de Carmona Rodrigues de homenagear, com uma medalha de ouro da cidade, o ex-Presidente da República Jorge Sampaio, responsável pela dissolução da Assembleia da República com maioria social-democrata e, consequentemente, pela queda do governo.»
Blog ‘Tenho Dito’ (PSD)


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ACP critica Governo

O Automóvel Clube de Portugal põe outra vez o dedo na ferida: “Apesar do excepcional desempenho da GNR e PSP, quer em presença nas estradas, quer na fiscalização, o número de mortos, feridos graves e ligeiros da Operação Natal foi desastroso” (…). “Face a uma total ausência de políticas de prevenção rodoviária e medidas concretas para diminuir a sinistralidade do actual Governo, nomeadamente do Ministério da Administração Interna, o ACP vem mais uma vez lembrar que os acidentes continuam a ocorrer devido à fraca preparação dos automobilistas, porque o sistema de ensino de condução está obsoleto e os respectivos exames são pouco rigorosos”, acrescenta o documento» do ACP.

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quarta-feira, dezembro 27, 2006





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Lisboa
Sindicância na CML
RTP lesa dever de pluralidade e equilíbrio
CDU protesta

A CML anunciou a 23 que ia instaurar uma sindicância aos seus Serviços de Urbanismo. A RTP, ao noticiar, não ouviu o PCP na CML. Por isso, foram apresentadas queixas formais ao Provedor do Telespectador da RTP, à Entidade Reguladora para a Comunicação Social e ainda uma reclamação junto da Direcção de Informação da RTP.
Estou convencido de que esta gente não vai mesmo ter vergonha na cara. E mais: a cara com que as fazem é a cara com que aparecem: amanhã repetirão. Mas sei que o PCP, a CDU e os lesados por estas sistemáticas atitudes discriminatórias não deixarão de repetir também as suas reclamações…
Leia os textos no lisboalisboa2.
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terça-feira, dezembro 26, 2006

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Boas Festas
A menina do gás deseja-lhe Boas Festas!
Vá a Lisboalisboa2 e delicie-se.
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sábado, dezembro 23, 2006


Lisboa / EPUL
Mais uma. Não me deixam descansar!

Tinha eu acabado de dizer que não voltava a inserir mais nada até 28... e eis se não quando... me cai no prato da sopa mais esta.
«EPUL / Ligações Suspeitas»
Margarida Davim, no 'Sol online' de hoje: «A Empresa de Urbanização de Lisboa (EPUL) pagou mais de 120 mil euros em vales de decoração à loja de uma prima do director de Recursos Humanos, Adroaldo Azevedo». E quem é que trabalha na loja? Nada menos: a mulher deste director.
Assim não vale: nem me deixam descansar pelo Natal. Chiça! Bolas! Parem lá com os escândalos. Ou então parem com a divulgação de escândalos: peço aos jornalistas para não divulgarem mas escâncdalos até quarta-feira. PLEASE!!

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sexta-feira, dezembro 22, 2006



Olá!
Bom Natal.
O regresso é a
28. Nem que a Câmara
de Lisboa caia... salvo seja…
Um abraço
aos amigos.
José
Carlos
Mendes
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Lisboa
Afinal é um modelo de funcionamento?

Carmona Rodrigues vai mesmo investigar este complicado ‘puzzle’. Parece que o caso de Marvila não é filho único.
Sofia Rêgo, no 'CM' de hoje: «Afinal, enquanto director municipal de Gestão Urbanística, Pires Marques participou em vários processos de loteamento apresentados à Câmara de Lisboa pelo seu sócio, Victor Alberto. Além do projecto da Lismarvila, Pires Marques aconselhou a aprovação de um loteamento, na Rua Marquês de Olhão/Estrada de Marvila, no Beato, da autoria de Victor Alberto.
A proposta, para edificar sete lotes para habitação e comércio, recebeu a aprovação de Pires Marques no dia 20 de Fevereiro, 13 dias após a sua tomada de posse. E foi a reunião de Câmara em Abril, tendo sido aprovada pela maioria PSD/CDS-PP, com os votos contra da oposição (PS, CDU e BE)».

… E andavam sempre assim depressa? Há mesmo que averiguar, quanto mas não seja para ensinar aos restantes loteadores quais são as regras desta espécie de Simplex – que agora é a sério. Este não é o do Governo – que esse está em ‘stand-by’ e anda mas é devagarinho…

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Imprensa regional, oyé!
Quase-crónica-de-Natal-da-era-digital

Vejo sempre estas coisas com ar mais jocoso do que saudoso. Mas há algo de saudade no que vai ler, confesso.
Fui ‘criado’ para estas coisas da escrita a sério para ser lida no ‘Notícias da Amadora’ – que agora morre, infelizmente, na sua versão-papel, que foi a única que conheci, mantendo ainda a versãodigital. Por isso tenho o maior respeito pela imprensa regional. Mesmo a da Igreja, que é muita. Muito jovem, os meus primeiros artigos foram publicados numa folha chamada ‘O Despertar’ de Castelo Branco, por exemplo.
E vou sempre, sempre, folheá-la – como vai acontecer hoje, à chegada, lá acima: de certeza que vai estar em cima da mesa outra pérola que foi da imprensa regional: o ‘Jornal do Fundão’, ainda dirigido pelo meu amigo Fernando (Paulouro, como o tio, o fundador, entretanto falecido – como Orlando Gonçalves, o meu director de sempre, no «NA» daqueles tempos áureos).
Aprendo sempre algo.
Hoje, com a net, de vez em quando já me divirto e até me surpreendo com a diversidade de conhecimentos que por ali perpassam.
Hoje aconteceu-me: o ‘Notícias de Viseu’ informa mas também ensina.

Conhece a expressão «levar a carta a Garcia»?

Pois bem: existia mesmo um Garcia. No caso, «García»: era espanhol. É uma história dos tempos em que os Estados Unidos eram uma potência meramente regional e defendia os seus vizinhos contra o ocupante espanhol. No caso, Cuba.
Por acaso, uma guerra começada a 25 de Abril. Mas de 1898. E durou até 12 de Agosto.
E é nesse quadro que se cria a expressão: a carta é uma mensagem de alguém muito importante e o destinatário é Calixto Ramón Garcia Iñiguez, líder dos revoltosos. Não lhe conto mais: quero que vá ler o próprio ‘Notícias de Viseu’ (vá lá, meu: é só clicar neste link, que diabo), para aumentar a sua audiência…

Um abraço, Viseu
(sei que eles me vão ler, depois de verem esta remissão no seu próprio site: é assim o google: redondo e multiplicativo).
Um abraço, leitor que já me leu.
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Atenção, Câmara de Lisboa
Penitenciária

Olha, pensava que era do Governo. Mas afinal é do Governo…
Falo da Penitenciária de Lisboa, ao alto do Parque Eduardo VII. E vai ser urbanizado… pelo Governo, de certeza. Atenção, malta.
A »estrela de Ses Pontas» (romance de Manuel Tiago / Álvaro Cunhal) vai ser um condomínio fechado. Registe que lho digo eu. E fixe este nome: Sagestamo

O João Pedro Henriques conta mais no DN on line de hoje. Leia.

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Lisboa segundo o ‘Tugir’
Vale a pena ler

Lisboa pode ter um futuro diferente do presente. E vai ter.
Um dos autores do ‘Tugir’ também sabe isso e escreve-o.

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quinta-feira, dezembro 21, 2006

Tá-se bem

Tive de ir a um Millenium que emitisse cheques na hora. Fui ao Colombo. Eh, pá. Há muito que não via tamanha fila e contra-fila de carros a tentar chegar, a tentar estacionar, a catrapiscar luzinhas, pessoal a encostar-se para deixar a viatura na berma...


Polícia Municipal a apitar por todo o lado. Parecia que estava meio mundo maluco. Tirei os cheques. Pirei-me dali. Respirei de alívio quando contornei a rotunda.
Afastei-me, afastei-me, afastei-me.

Esta malta enlouqueceu.

Vou mas é bazar.
Para bem longe.

Vou respirar o ar da Estrela.

Tá-se bem...

Amanhã de manhã meto aqui as Boas-Festas e Bom Natal para si - e vou dar-lhe descanso por três ou quatro dias.
Você precisa. Você merece.
(Como diria um publicitário rasca.)


Até amanhã. De manhã.
Lisboa
‘Câmara desta vez foi rápida’ – diz a oposição em bloco

Ao contrário do que é hábito (Maria José Nogueira Pinto ‘dixit’) a CML, desta vez, foi muito lesta a comunicar à LisMarvila / Obriverca o resultado das duas deliberações: aquela que «aprovou» o loteamento da Obriverca / Caixa Geral de Depósitos - ? - em Marvila (o que não é verdade pois não tinha suporte legal: a deliberação é nula) e aquela segunda deliberação que anulou a aprovação do loteamento de Marvila.
Esse registo foi feito hoje em duas sucessivas conferências de imprensa realizadas a partir das 13 horas, após a sessão da CML desta manhã

Mais.
Em bloco, a oposição, incluindo Nogueira Pinto, afirma-se pouco esclarecida e quer saber muito mais, em inquérito que o PCP vai propor e que Nogueira Pinto já garantiu que votaria favoravelmente, caso a maioria (PSD) não tome essa iniciativa.
Isto tudo e algo mais passou-se esta tarde, na Praça do Município.

Explico-lhe tudo no blog O Carmo e a Trindade.

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PCP homenageia
Lopes-Graça
No «Avante!» de hoje: um CD «com» Lopes-Graça dentro

«No Centenário do nascimento de Fernando Lopes-Graça / Artista genial e exemplo militante / O compromisso político e ideológico radicado nas mais justas causas populares e as convicções artísticas são, em Lopes-Graça, uma unidade coerente, empobrecendo qualquer análise que dissocie ambas as vertentes do percurso do músico e do comunista.
«Para além do suplemento e do CD que se editam com esta edição do Avante!, o PCP homenageou o compositor comunista Fernando Lopes-Graça.
Por todo o País, o passado domingo foi dia de homenagem a Fernando Lopes-Graça. Cumpria-se o centésimo aniversário do nascimento do compositor nascido em Tomar a 17 de Dezembro de 1906. Para além das diversas cerimónias promovidas por diversas entidades, também o PCP quis prestar homenagem ao músico e ao militante comunista – que foi desde meados da década de 40 até ao último dia de sua vida».
In «Avante!» de hoje

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Ruben de Carvalho
escreve no ‘DN’ sobre o uso da foto em jornalismo
‘Público’ faz anti-homenagem a Dias Coelho em foto?

Ruben de Carvalho no ‘DN’ de hoje: «A edição de ontem do ‘Público’ inclui uma peça que exuberantemente subscreve esta visão: a ilustração da reportagem sobre a homenagem a José Dias Coelho, o pintor e militante clandestino comunista morto a tiro em 1961 pela PIDE numa rua de Alcântara». Na sessão interveio Jerónimo de Sousa. Esteve presente também Margarida Tengarrinha, mulher de Dias Coelho.
«O ‘Público’ optou por uma fotografia onde exclusivamente se vê uma mulher de costas, cuja identidade é absolutamente impossível distinguir na imagem. Só a legenda esclarece ser... Margarida Tengarrinha! Uma Margarida Tengarrinha que, tal como qualquer outro dos presentes, não tem, para o Público, rosto: um corpo anónimo cuja face o jornal não revela, não mostra, não identifica. Bem pelo contrário, deliberadamente oculta. Dificilmente a folha de Belmiro de Azevedo poderia encontrar mais esclarecedor símbolo da forma como sente e retrata a realidade dos comunistas: de costas e sem rosto».

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Lisboa
Loteamento de Marvila
Director demitiu-se mas é preciso investigar

José António Cerejo, ‘Público’ de hoje: «Em reacção à demissão, o vereador socialista Manuel Maria Carrilho considerou que ela "só peca pela demora" com que foi decidida. "O senhor director municipal devia ter sido demitido imediatamente pelo presidente", acrescentou o autarca do PS.
«Por seu lado, o vereador Ruben de Carvalho, do PCP, sublinhou que "o caso do director municipal é apenas uma das muitas questões que envolvem o loteamento de Marvila e que têm de ser investigadas". No seu entender, "é preciso fazer um inquérito para averiguar tudo isso", sendo que os vereadores comunistas vão "requerer a consulta de todos os processos camarários relativos a Marvila", para decidirem que outras iniciativas vão tomar».
Margarida Davim no ‘Sol’ on line ontem: «Foi Eduardo Pires Marques, na qualidade de Director Municipal, que assinou o despacho que levou a proposta de aprovação do loteamento à reunião de Câmara».



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Lisboa
Vereador do Desporto, Pedro Feist, arguido por declarações

«O vereador do Desporto da Câmara Municipal de Lisboa, Pedro Feist, já foi constituído arguido no processo-crime por difamação movido por ex-funcionários do Departamento de Desporto. Feist já foi ouvido pelo Ministério Público (MP), que também já ouviu os queixosos.
«Em causa estão declarações de Pedro Feist ao jornal ‘Público’: o vereador justificou o afastamento de 22 funcionários do Departamento de Desporto, alegando que os mesmos teriam problemas de “negligência, alcoolismo, faltas injustificadas, abusos e prepotência”.»

Lisboa
Novo blog: ‘Campo de Ourique’

Apareceu ontem. Chama-se 'Campo de Ourique', é assinado por um «roi de coeur» - como quem diz «rei de coração»… Tem dois posts: um de experiência e outro sobre a Livraria Ler. E, estranhamente, já tem 1079 visitas. Ao fim de 24 horas ou nem isso. Muito bom para começo de conversa. O símbolo escolhido: a Maria da Fonte que aí lhe fica também. Bons 'posts'.

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quarta-feira, dezembro 20, 2006


Lisboa
Olh’ò radar!!!

Está de parabéns a vereadora da Mobilidade, Marina Ferreira. Felizmente, a partir de amanhã Lisboa vai estar mais vigiada contra os aceleras. «Os (primeiros nove) radares irão ser colocados entre as 06:00 e as 24:00 de quinta-feira na Segunda Circular/Pina Manique, Segunda Circular/Benfica, Segunda Circular/Calvanas, Avenida Gago Coutinho, prolongamento da Avenida Estados Unidos da América, saída do túnel da Avenida João XXI e Radial de Benfica» - informa o ‘JN’.

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É só boas notícias

No Jornal de Negócios on line, hoje: «Os custos das bebidas alcoólicas e tabaco, da saúde, transportes e outros bens e serviços "eram superiores" em Lisboa. Já Madrid, tinha preços "mais elevados" em bens como vestuário e calçado e nas comunicações».
Mais: «O abandono escolar no nosso país em 2005, na população entre os 18 e 24 anos, situou-se próximo de 38,6%", explica o INE, acrescentando que em Espanha foi "ligeiramente" superior a 30%».

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Lisboa
Votações na AML de ontem

Pode ter toda a informação no lisboalisboa2. Exemplo do que lá encontra: «16. Proposta 566/2006 – Orçamento e Grandes Opções do Plano. Aprovada. / Votação: / Favor: PSD. / Contra: PS, CDS, PCP, PEV, BE».

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Lisboa
Loteamento de Marvila
«Secretária de Estado diz que Câmara violou Plano Director Municipal»

Disse Ana Paula Vitorino no Parlamento: "A Câmara de Lisboa violou o PDM, pois conhece o corredor ferroviário e tinha de respeitar o parecer da REFER [empresa que promove o comboio de alta velocidade]".
A secretária de Estado falava «na audição na Comissão de Obras Públicas, Transporte e Comunicações da Assembleia da República, em Lisboa».
Mais: disse que a CML "violou [também] o Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa (PROT-AML) e o parecer da Comissão de Comissão de Coordenação e Desenvolvimento (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo".»
Lusa, esta tarde

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Lisboa
Carmona aceita demissão de director municipal

Com elogio à sua dedicação e empenho, o Presidente da Câmara de Lisboa aceitou hoje à tarde o pedido de demissão do arq. Pires Marques, director municipal de Gestão Urbanística, apontado na comunicação social desta semana como tendo tratado do loteamento da Caixa Geral de Depósitos

(pensava-se que era - só - da Lismarvila / Obriverca, mas esta já o vendera em Março à CGD via Fundimo / Fundolis),

loteamento esse que se destina ao local do TGV e da terceira travessia do Tejo em Lisboa para o local da antiga Fábrica Nacional de Sabões.

O comunicado do Gabinete do Presidente da CML é de um pouco antes das 20 horas de hoje.

Aí, acrescenta-se: «Mais se informa que, sem prejuízo da decisão ora tomada, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa solicitou aos serviços jurídicos do Município esclarecimentos quanto à existência de eventuais incompatibilidades ou impedimentos por parte do Arquitecto Pires Marques no exercício das suas funções de Director Municipal».


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Lisboa
Loteamento de Marvila
Afinal os terrenos já são «do Estado»

Lismarvila
Jornalista entra na Caixa de Pandora
Grande Cerejo!

Afinal a Caixa Geral de Depósitos, através da Fundolis / Fundimo, comprou os terrenos do tal loteamento em Março deste ano. Por 57 milhões. Tinham custado à Obriverca / Lismarvila 26 milhões.
(A despesa que Eduardo Rodrigues diz que fez com demolçições corresponde ela mesma a actos ilegais e sem cobertura - pelo que ainda há-de correr muita tinta se isto for um País a sério. Tinha que ser a CML a autorizar tudo isso e acho que não foi o caso. Um Texas, é o que é.)

Expectativa «firme»

E comprou-os (exactamente aqueles terrenos do loteamento aprovado pelo PSD na CML e declarado nulo pela CML toda, com abstenção do CDS!) porque tinha uma «expectativa firme».
Mas de quem? Quem é que podia dar uma expectativa «firme» à CGD?
Isso é que tem de ser esclarecido. Qual foi a entidade que deu essa garantia? Não foi de certeza nenhum contínuo da CML, pois não?

Governo e PS / Lisboa fazem papel de traídos

Já agora: que papel fez nisto tudo o PS de Lisboa que veio cair em cima de tudo e de todos (leia-se: Carmona e PSD)? Que papel fizeram o ministro dos Transportes e a sua secretária de Estado Ana Paula Vitorino (que até é da Concelhia de Lisboa do PS), membros de um Governo que é um órgão de soberania de um Estado que é o accionista único da Caixa que é quem comanda a Fun dimo / Fundolis - e que andaram a falar da CML como não tendo solidariedade e tendo sido precipitada e mais não sei o quê - quando afinal a «sua» / nossa Caixa os engana a eles mesmos, representantes do accionista Estado na Caixa Geral de Depósitos. E o ministro das Finanças, que tutela a CGD, também não sabia de nada?

Que história mais complicada... fora o que ainda é preciso esclarecer...

E também anda traição ou andam traições no caso...

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Lisboa
Orçamento 'avulso'

Segundo o ‘JN’, ontem na Assembleia Municipal, o PCP, considerou o Orçamento e o plano de actividades para 2007, "uma listagem de medidas avulsas" em que há uma discrepância entre as acções anunciadas e as dotações previstas". Segundo o deputado comunista, Feliciano David, "o passivo de mil milhões de euros mantém-se bem como a dívida de 200 milhões aos fornecedores. Acresce que os encargos correntes da dívida aumentam em 2007 em muitas dezenas de milhões de euros".

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Lisboa tem Orçamento para 2007

O orçamento da CML para 2007 foi aprovado na AML ontem. Para o bem e para o mal da Cidade. Os epítetos das várias bancadas sobre o documento variam tanto que todos devem ter algo de verosímil, acho eu. Verdadeiro. Obscuro. De coragem. Situação financeira catastrófica. ‘Bluff’. De venda de bens da CML. Ignora a Baixa-Chiado. Irrealista. Opaco. Endividamento galopante. Não tem uma visão de Cidade. Política errática. Delapidação de quintas e palacetes…
Leia mais no Público / Lusa e no Sol.

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Lisboa
Jantar de directores

Não resisto a trazer para a primeira página estes dois comentários feitos aí em baixo, a propósito do Caso Tacto/Marvila e do director municipal que se auto-suspendeu:
Diz um dos infelizmente anónimos: «Mas ele estava no jantar dos directores municipais que ontem aconteceu nos paços do concelho... Parece que está suspenso só às vezes...».
Diz outro: «Essa história está toda muuuuuuuito mal contada... os jornalistas que continuarem a seguir as pistas serão recompensados com um pote de ouro no fim do arco-íris...».
Assim vai a coisa.
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terça-feira, dezembro 19, 2006

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Lisboa
Piscinas
SOS!
Atenção
Pode haver um acidente mortal

Acabo de abrir o mail. Tinha uma mensagem cujo conteúdo, em caerta parte, me arrepiou. Um utente da Piscina do Oriente denuncia aquilo a que chama a total degradação a que estão a deixar chegar as piscinas (novas) para (e) talvez com a desculpa fazer aprovar a dita empresa (LX Desporto).
Há alguns dias que não há água quente nos duches, e «hoje» (no dia do alerta) nem na própria piscina havia água quente, fazendo com que as pessoas idosas que tinham aulas (já pagas) tivessem que ir para casa, assim como várias escolas de deficientes.
E conta que, há varias semanas, um projector da piscina que está submerso apareceu á tona da água junto com o cabo eléctrico.
Até arrepia pensar que alguém um dia ali morre electrocutado.
E o meu leitor diz isso mesmo. «Não fazem nada. Só quando houver um acidente, então é que se pensa nas coisas».
Mais.
A solução que encontraram foi pôr uma daquelas fitas, como quando há acidentes, ao redor do projector, e deixar tudo na mesma… conta-me ele.
Fico preocupado e debato-me com um dilema: se não meto isto no blog, um dia há uma morte e eu nunca mais me perdoo; se insiro, como vou fazer, ainda corro o risco de ser acusado de estar sempre a dizer mal – como agora caiu na moda na CML: ou dizemos a tudo que sim, ou somos mal-dizentes.
Vou por aqui: faço o que acho que devo fazer e que se lixe.
Resolvam lá mas é a questão dos cabos eléctricos a boiar nas piscinas.

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Pressionar, eu? Nãããão!

Quando Sócrates envia cinco pareceres, cinco, mas que fosse apenas um, ao Tribunal Constitucional em defesa da lei das Finanças Locais que Cavaco Silva enviou para fiscalização preventiva da constitucionalidade – depois nega que tenha feito isso para pressionar –, ele julga que engana o País TODO? Logo o País TODO?
Nunca nenhum primeiro-ministro tinha feito isso. Mas também é verdade que nunca nenhum primeiro-ministro tinha tido maioria absoluta.
Foto: Público

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Boas Festas
Bom Ano

Enviam-me imensos «postais» de Natal. Muitos, com piadas e alguns com muita piada. Escolhi este, retirado do ‘DN’ de ontem mas que chegou hoje ao meu e-mail como postal de Boas-Festas. Óptimo…
Era este cartoon e vinha acompanhado dos votos de Bom Ano: «Sinceros votos de Boas Festas e Feliz Ano Novo. … E que 2007 corra melhor a Lisboa… Melhores cumprimentos».

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Lisboa
Fazer contas

Mistério? Enigma? Sudoku numérico?
Descubra você mesmo. Eis os dados:
9 mil metros quadrados a 30 euros o m2 dá 270 mil euros ao ano. Vezes quatro anos dá 1,3 milhões.
Compara com 9 mil metros quadrados vezes 90 euros o m2 dá 800 mil euros.
Conclusão: no tempo de Santana Lopes, as flores da Avenida da Liberdade custavam muito mais do que hoje – e se hoje são caras! Livra!
Não percebeu nada? Percebeu, sim. É fácil. Clique aqui e vai ver como é simples. Baralhar e dar de novo, é o que é. Comparando com o péssimo, até o mau parece bonzito.
Olh’ò milagre…

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Lisboa
Milhões gastos sem retorno para a Cidade

«Cinco anos depois, esta equipa ainda se queixa da dívida herdada. Bem se pode comparar, a dívida deixada, com obra feita - sobretudo com o termo dos cancros de barracas que minavam a cidade, em relação à dívida que triplicou nestes últimos anos e sem obra de requalificação da cidade que se possa identificar. Apenas o enorme buraco do Marquês, do impasse do Parque Mayer - e os milhões já gastos sem qualquer retorno para a cidade, do fecho da Feira Popular, do abandonado Pavilhão Carlos Lopes, do Parque de Monsanto que era a grande bandeira e foi, entretanto, colocado na gaveta, não se tendo cumprido a aproximação do Parque à cidade como se prometia».
CMC, no blog Tugir

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«Lisboa marca passo»
«Poupar no farelo e gastar na farinha»

Eis uma peça forte de Feliciano David, deputado municipal do PCP na Assembleia Municipal de Lisboa. O tema é o Orçamento da CML para 2007.
Às tantas, pode ler:
«O Plano de Actividades (PA) decresce 5,8%, reduzindo as dotações em áreas já de si carenciadas, como no desporto (menos 40,5%), no apoio às colectividades (menos 75%), nos equipamentos sociais (menos 46,5%), nas infra-estruturas viárias (menos 33%), na reparação dos bairros municipais (menos 50%), na prevenção à toxicodependência (menos 24%), na prevenção da SIDA (menos 88%) e no apoio às comunidades e minorias étnicas (menos 90%). Ou seja, poupa onde é necessário gastar e gasta onde não deve. Ou, como diz o ditado popular, poupa no farelo e gasta na farinha».
Pode ler tudo no lisboalisboa2.

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O ano da Besta
Alberto João Jardim

No Jornal da Madeira: “«Estou a olhar para o relógio e a ver quando é que chega à meia-noite do dia 31 de Dezembro. Este foi o ano a que eu chamo o ano da besta do Apocalipse. Vejam só esta coincidência: eu fui recebido pelo engenheiro Pinto de Sousa, de nome de baptismo José Sócrates no dia 6/6/06; 666 é o número da besta do Apocalipse». E mais: ”Como no calendário chinês, 2007 corresponde ao ano da serpente «já sabem o que temos a fazer», concluiu”.

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segunda-feira, dezembro 18, 2006

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Lisboa
Caso Tacto / Lismarvila

O «director municipal do urbanismo suspendeu funções» refere o ‘Público on line’ às 20.41 de hoje.
«Carmona Rodrigues aceitou o pedido apresentado por Eduardo Pires Marques e, em declarações aos jornalistas, revelou ter solicitado ao departamento jurídico da autarquia uma análise sobre a eventual incompatibilidade de funções».

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Lisboa
Câmara encomenda avaliação e sai-se bem

«A credibilidade financeira da Câmara Municipal de Lisboa (CML) está ao nível da da República Portuguesa, logo atrás de Barcelona. Quem garante é a agência de "rating" internacional Moody's que, na sequência de uma avaliação encomendada pela autarquia, mantém as avaliações feitas desde 2000: "Aa2". A "boa notícia" serviu para defender a "credibilidade" do orçamento para 2007.
«Numa conferência de imprensa agendada especialmente para o efeito, presidente da CML aproveitou ontem para sublinhar que, "numa altura em que muito se questiona o orçamento para 2007, este resultado vem mostrar que as contas da câmara merecem credibilidade". A avaliação coloca a capital a par de Cascais, Sintra, Lyon ou Milão no que diz respeito ao seu risco de crédito. Isto é, a Moody's entende que a CML, apesar do cenário financeiro conhecido, ainda mantém capacidade para fazer face às suas responsabilidades».
Eu acho que isto só significa que a Moody's acha que a banca pode confiar na CML. E, como é evidente, pode.
Acho portanto que isto pouco terá a ver com planos, orçamentos, execuções financeiras, solução de problemas dos lisboetas, gestão financeira etc. etc., como a CML parece dizer e para onde está a pretender encaminhar-nos.
Leia também o meu primeiro comentário no blog O Carmo e a Trindade.

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Lisboa
Esta coisa das empresas municipais etc.

Cada vez percebo menos disto. Então agora a Câmara celebra com uma empresa municipal um acordo para ceder espaços da Câmara à Polícia Municipal. Um acordo? Que coisamais solene! Um simples despacho não resolve a questão? O que é feito das coisas simples de antigamente nas autarquias? Assim, não admira que os elefantes brancos cresçam, cresçam, cresçam: com tanto salamaleque, não admira mesmo. Leio no site da CML:
«Foi celebrado, no dia 17 de Dezembro, um acordo de cooperação entra a autarquia e a EMEL, através do qual serão disponibilizados à Polícia Municipal dois espaços para depósito de veículos removidos da via pública. Presentes na assinatura do protocolo estiveram o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carmona Rodrigues, bem como a vereadora Marina Ferreira, responsável pelo pelouro da Mobilidade e presidente da empresa municipal».
Ainda por cima, isto meteu trabalho extra ao domingo e tudo.

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Segurança rodoviária em Lisboa
Classificação de artérias da Cidade
Sugestão de organizações não-governamentais

Eis uma muito boa sugestão hoje apresentada à CML por organizações não-governamentais com o Forum Cidadania Lisboa à cabeça. A destinantaria directa é a Dra. Marina Ferreira, vereadora da Mobilidade: «A CML poderia classificar as artérias da cidade de Lisboa em matéria de segurança, ou seja, estabelecendo uma hierarquia em termos de perigosidade para os condutores e peões (indexando número de acidentes graves, etc.), mas também em termos do mau estado do pavimento (buracos, quedas de árvores, intervenções avulsas na via pública, etc.) e do tempo de atravessamento dos peões em passadeira com semáforos, por exemplo.
Assim, todos os condutores e peões de Lisboa passariam a saber de antemão informações preciosas em termos de prevenção rodoviária, especialmente naqueles casos em que o desconhecimento gera sinistralidade.
Essa classificação poderia ser feita mediante atribuição de estrelas, seria actualizada ao instante, e poderia estar disponível num "site" interactivo especialmente criado para o efeito, a municiar pelos parceiros institucionais e pelos cidadãos, condutores ou não.
A CML poderia levar a cabo essa iniciativa em conjunto com o Automóvel Clube de Portugal, a Direcção-Geral de Viação e a ACA-M, recorrendo a mecenas, inclusive».

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Lisboa
Governo vai nomear Maria José Nogueira Pinto para a nova Sociedade?

Nogueira Pinto sai da CML para a nova empresa? Acho que sim, que MJNP vai presidir à sociedade que o Governo e a CML vão criar. E vai representar, claro, o Governo. É o que deduzo das suas palavras registadas pelo «DN» na acção de regozijo pela posição do Governo: “Quem de direito, que não é a câmara, vai dar um novo Terreiro do Paço à cidade”.
Na sexta, na conferência de imprensa dada por Carmona Rodrigues e MJNP, o que mais incomodou os jornalistas que depois falaram comigo foi a marcha-atrás dos dois autarcas. De repente, a Baixa-Chiado é só a frente ribeirinha… que por acaso nada tem a ver com a Baixa como a gente a vê quando pensa em pessoas… É a história de sempre: vale mais um pássaro na mão do que dois a voar… O «DN», por exemplo, diz assim: «Os dois responsáveis camarários não se referiram ao projecto da Circular das Colinas, um dos mais caros e que aparece no plano como sendo da responsabilidade da câmara. Para segundas núpcias ficará também a transformação do Convento de S. Francisco em centro cultural: "Não é fundamental, pode passar para a segunda fase do projecto (de 2011 a 2020)". O mesmo acontecerá à adaptação do Convento do Carmo.»

As citações e a foto foram tiradas do ‘DN’

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Ruben de Carvalho
A propósito da operação Baixa
«Contentam-se com pouco»

Em comentário sobre a operação de propaganda de sexta-feira, Ruben de Carvalho pôs o dedo na ferida quando disse ao «DN»: «Contentam-se com pouco». E mais: diz que estas tarefas já eram da responsabilidade do Governo – portanto, nada de novo nessa frente…
Aliás, o Governo confirma isso mesmo. No mesmo jornal leio isto: «Fonte do gabinete do ministro Nunes Correia sublinhou ao DN que "os dois projectos já eram da responsabilidade do Governo e a intervenção ainda vai ser planeada".»

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Lisboa
É possível?

Na CML, um director municipal - escalão máximo de responsabilidade, acima de director, que é o escaão máximo na mioria das câmaras - tratou do loteamento da Lismarvila (que pede respeito e diz que merece mais). José António Cerejo investigou tudo e publicou. Como reagem as forças políticas? Foi isso que Ana Henriques foi saber. Lêem-se as respostas no ‘Público’ de hoje, segundo o qual «o líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa, Saldanha Serra, assegurou ontem nunca ter ouvido falar do caso, pelo que não se pode pronunciar sobre ele».
Isto, quando toda a gente já pede que o tal director municipal se demita... Conclusão: líder de bancada não lê jornais. Nem blogs. A menos que a coisa tenha de ser levada à letra: nenhum destes meios é de facto para «ouvir» mas «apenas» para ler.
Não era preciso tanto. Mau demais para ser verdade...

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domingo, dezembro 17, 2006


A LISTA DE LISBOA…
Despacho: «NÃO SE ARQUIVE!»

Câmara de Lisboa. Mandato 2005/2009. Média de um escândalo por semana. Às vezes mais. Mas são tantos que já não conseguia recordá-los – e muito menos com pormenores.
São os casos semanais de escândalos e de questões mal esclarecidas.
Vou fazer uma lista o mais completa possível. E colocarei os links que encontrar ainda. E procurarei actualizar a lista semanalmente. Talvez no domingo à noite ou na 2ª de manhã…
Para já, uma porrada de casos: os mais famosos. Mas vou completá-la. Tudo no lisboalisboa2.

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Lisboa
Ainda a Baixa-Chiado
A Nota do MA é significativa

O que é que o Governo quer afinal para a Baixa? Não se sabe. Se é só o que o Governo diz ou se é o que se diz por aí. Por causa das confusões, talvez valha a pena recordar o conteúdo da Nota do Ministério do Ambiente. Não haja ilusões. Há que pôr os pontos nos is. O que, de facto, esta em causa é uma proposta do Governo à CML: «O Governo propõe à Câmara Municipal de Lisboa a constituição de uma Sociedade Gestora participada pelo Estado (60%), representado pelo Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, e pela Câmara Municipal de Lisboa (40%), com a missão de assegurar para esses projectos: a) A definição do conceito urbano e de plano a fixar para a frente ribeirinha;b) O desenvolvimento dos passos necessários para a aprovação do instrumento de ordenamento do território preconizado para a frente ribeirinha (plano de pormenor);c) A coordenação das actividades a desenvolver para a execução dos projectos;d) O planeamento e mobilização dos meios financeiros necessários, nomeadamente os que resultem das componentes auto-financiadas dos projectos.O Estado contará ainda com a contribuição da Parque Expo à qual será confiada a operacionalização das intervenções enquanto entidade pública especialmente vocacionada e preparada para gestão de projectos desta natureza».

Porque será que agora, de há uns anos a esta parte, já ninguém sabe falar de outra coisa se não de empresas públicas? Mais administradores e mais directores e mais não sei quê a ganhar milhões. Já ninguém se lembra de que há técnicos nos ministérios e nas câmaras que podiam perfeitamente promover este tipo de acções e que até gostariam de mostrar que são competentes e úteis? Por dá cá a aquela palha, lá vai mais uma empresa… competentes e úteis?


Mais. Esta que segue é a, digamos, pequena extensão da proposta do Governo (pequena não por ser mesmo pequena, mas pequena se comparada com o que se esperava): «Das acções ou projectos identificados, aqueles que têm uma mais directa articulação com o conjunto das medidas propostas pela Câmara Municipal e que, nesta fase, se consideram viáveis e prioritários, são os seguintes: a) A requalificação do espaço público da frente ribeirinha do Cais do Sodré a Santa Apolónia; b) O reordenamento funcional da Praça do Comércio com requalificação da presença do Governo».

Mais. O Governo diz claramente na Nota que o resto é com a Câmara. Mas a Câmara não o entende assim: acha que assim está bem. O resto eram só «sugestões».Poucochinho, não é?

Para ler a Nota completa, clique aqui.

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Sondagem Aximage

Mais uma sondagem favorável ao PS no Governo. E esta não é de Oliveira e Costa…
Dados e textos do ‘Correio da Manhã’ de hoje:

PS e PSD

Nesta sondagem, os socialistas arrancam o valor mais alto do último ano e meio: 40,5% das intenções de voto, e isto apesar das medidas difíceis do Governo chefiado pelo secretário-geral do PS, José Sócrates. Tal como o PSD, o PS vinha a cair nas sondagens desde Abril. Mas no Verão (em plena época dos fogos florestais) consegue inverter a curva descendente. O PSD, pelo contrário, continuou em queda. A diferença entre os dois partidos do arco da governação é agora de 11,9 pontos percentuais (a diferença entre o PS e o PSD nas Legislativas de 2005 foi de 16,26 pontos percentuais, ou seja, 45,03%, contra 28,77%).

Líderes

Popularidade dos líderes: as posições mantêm-se inalteradas: Francisco Louçã (BE) continua à frente (com uma nota de 11,2), seguindo-se Jerónimo de Sousa, do PCP (10,3), José Sócrates, do PS (10), Marques Mendes, do PSD (7,5) e, finalmente, Ribeiro e Castro, do CDS-PP (7,1).

INTENÇÃO DE VOTO LEGISLATIVO (entre Março e Dezembro de 2006)

PS: 37,9% (Março) / 37,8% (Abril) / 37,5% (Maio) / 36,8% (Junho) / 35,9% (Julho) / 36% (Agosto) / 36,6% (Setembro) / 38,2% (Outubro) / 39,4% (Novembro) / 40,9% (Dezembro);
PSD: 34,1% (Março) / 34,2% (Abril) / 32,2% (Maio) / 31,7% (Junho) / 30,2% (Julho) / 29,8% (Agosto) / 29,6% (Setembro) / 29,7% (Outubro) / 29,3% (Novembro) / 28,6% (Dezembro)

DEZEMBRO DE 2006

PS: 40,9%
PSD: 28,6%
CDU: 7,1%
CDS-PP: 3%
BE: 3,9%
RESPONSABILIDADE DO ESTUDO:
Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.

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Lisboa
Caso Tacto
… E Maria de Belém?


Sendo deputada, deputada municipal (e ex-ministra) não se lhe aplica isto? O ‘Correio da Manhã’ cita esta norma a propósito da suspensão provável do director municipal de Lisboa que se envolveu no processo Lismarvila na dupla qualidade de técnico-dirigente municipal e de sócio da Tacto, projectista do processo.
Eis o texto do ‘CM’: «Segundo o artigo 3.º do Estatuto Disciplinar dos Funcionários e Agentes da Administração Central, Regional e Local (Decreto-lei 413/93), “os titulares de órgãos, funcionários e agentes não podem prestar a terceiros, por si ou interposta pessoa, em regime de trabalho autónomo ou de trabalho subordinado, serviços no âmbito do estudo, preparação ou financiamento de projectos, candidaturas e requerimentos que devam ser submetidos à sua apreciação ou decisão ou a órgãos ou serviços colocados na sua dependência ou sob sua directa influência”».


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Lisboa
O jantar

No CDS a coisa está preta, também. Tal como no PSD. As lideranças estão em cheque. Telmo Correia num jantar em Lisboa, ontem, sobre as críticas de Nuno Melo a Ribeiro e Castro, há dias, noutro jantar em que esteve Portas, Paulo: "Esta direcção, em vez de gerir esta questão com capacidade de encaixe, dá a sensação de que está a entrar em pânico e ainda por cima em relação a um problema perfeitamente evitável: bastava que o dr. Ribeiro e Castro tivesse estado no jantar”. (Hoje, no ‘Público’, Vasco Pulido Valente menospreza os ‘jantantes’ do PSD que criticam Marques Mendes)… Aquilo quer aí reproduzo disse Telmo Correia no jantar da Concelhia de Lisboa, de acordo com o 'Público'.
Pergunto: Maria José Nogueira Pinto, que Telmo Correia tanto apoiou na crise com Paula Teixeira da Cruz, estava presente no jantar?


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sábado, dezembro 16, 2006

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Lisboa
Que pena
Declarações infelizes

Já viu esta? Que diabo. Então estou a ler sossegadinho os jornais da manhã e de repente deparo com umas declarações de José Sá Fernandes a Margarida Davim ('Sol') em que aquele explica a esta - e portanto a mim, e portanto aos advogados da Lismarvila - oq ue é que estes têm de fazer para que a empresa seja largamente indemnizada, mesmo depois da revogação da deliberação. Às tantas diz ele: «A empresa (Lismarvila) pode usar a deliberação (revogada) para calcular o valor dos terrenos».
Isto é tanto mais inesperado para mim quanto é certo que o próprio tem dito que vai pedir a anulação da deliberação ou pelo menos do índice de construção por ela aprovado (falo da deliberação de 22 de Novembro). Há quem ache (o PCP acha e eu também) que aquela deliberação é nula. E que não produziu efeitos. E é isso que deve ser requerido aos tribunais: a declaração de nulidade. E não (salvo melhor opinião) andar a ensinar o caminho das pedras à empresa... Isso por se ir atrás das perguntas insistentes de um jornalista e se terem mais uns centímetros de prosa em jornal. Penso isso e fico muito desgostoso e muito preocupado com este caminho das coisas. Não esperava mesmo por esta.
Na passada quinta-feira, penso que apenas uns minutos antes, tinha eu falado com a mesma jornalista e procurei evitar que o artigo enveredasse por esse caminho. Não foi assim depois, pelos vistos. Lamento. Até acredito que ninguém esteja à espera de aprender nada em declarações a jornais, designadamente os profissionais do mesmo ramo. Mas que cai mal na opinião pública, lá isso acho que sim: cai mesmo mal. Não gostei nada. E não esperava isso dali.
Ainda tentei que ao telefone alguém da área me explicasse se eu estava enganado - para ouvir outra opinião. Mas não foi possível. Portanto, fica aí a minha opinião. Vale o que vale. Mas fica aí.
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Lisboa
Alegado tráfico de influências e sua divulgação
Coincidências ou antecipações?

Vamos por partes: hoje na imprensa aparecem duas versões e de duas origens aparentemdente diferentes sobre a mesma questão: a descoberta de que um director municipal da Câmara de Lisboa é afinal sócio e era director até há uns tempos da empresa que desenhou o tal loteamento da Lismarvila na Fábrica de Sabões que colide com o TGV.

Nisto, há vários assuntos misturados e que convém analisar em separado.

1ª questão

Um alto funcionário nomeado pelo Presidente da CML está ligado a uma empresa que está envolvida num escândalo? Investigue-se e no final tomem-se as medidas. Claro que ninguém sairá incólume se houver de facto – como tudo indica que haja – essa promiscuidade…
É grave.
É o escândalo desta semana. Ou já tinha havido e é o segundo? Não me lembro. É que na CML agora é assim: um a dois escândalos por semana – e não pára…

2ª questão

A divulgação meritória destes factos: aqui a coisa é outra e fia mais fino. Aparece por duas mãos: por Sá Fernandes e pelo Público numa investigação de José António Cerejo. Soube do comunicado de SF ontem ao fim da tarde por um jornalista. Ora ao fim da tarde o artigo de JAC já estaria paginado. Coincidência inédita e estranha? Talvez. Mais estranho: nem um nem o outro se referem ao outro. E o ‘Público’ nem reporta o comunicado de SF. Estranho, mesmo. De certeza que a investigação de JAC começou há semanas, se bem o conheço. E, cioso como é das suas investigações, só por algo inédito daria um trunfo fosse a quem fosse, mas a Sá Fernandes. Terá escorregado?

O que terá acontecido? Parceria, «traição» ou coincidência estranha?
Um doce a quem descobrir alguma coincidência entre, por um lado, as notícias doutros órgãos de comunicação social, por exemplo o ‘JN’ e a ‘Agência Financeira’ (fonte: José Sá Fernandes) e, por outro, a investigação de José António Cerejo trazida para a edição do ‘Público’ de hoje.
Parabéns!

Quanto ao alegado tráfico de influências, ligações estranhas, corrupção etc.: bem descoberto e bem divulgado.
Coisas para investigar e deixar claro.
A palavra à CML e aos eleitos do PSD.
Que diabo. Agora, tudo lhes acontece. Ultimamente, é azar: nada lhes corre bem. Mesmo esta coisa da Baixa é uma espécie de castanha que vai rebentar na boca, uma coisa que sabe a pouco ou mesmo de sabor amargo…

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Lisboa
PS apoia Governo (claro)

Como diria a minha mãe: - Quem é que há-de gabar a noiva se não a mãe que a vai casar? O Gabinete do Vereador Manuel Maria Carrilho (PS) enviou às redacções um comunicado a apoiar o «apoio» do Governo (PS) ao processo Baixa-Chiado. Claro.
Eis um excerto do texto: «(…) Este apoio constitui motivo de satisfação para todos. (…) Esperamos que, agora, o Executivo Municipal assuma as suas responsabilidades, canalizando para este projecto a energia e os recursos necessários. (…) estamos inteiramente disponíveis para apoiar a revitalização da Baixa-Chiado. É tempo de Lisboa começar, de novo, a “puxar” pelo País».

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sexta-feira, dezembro 15, 2006

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Lisboa
Baixa-Chiado
PCP relativiza apoio do Governo à revitalização

Eis um ‘take’ da Lusa de há uma hora atrás: «15-12-2006 17:41:00. Fonte LUSA. Notícia SIR-8602932 / Lisboa: PCP relativiza apoio do Governo à revitalização da Baixa Chiado / Lisboa, 15 Dez (Lusa) - O PCP de Lisboa relativizou hoje o apoio dado pelo Governo ao projecto de revitalização da Baixa-Chiado, considerando que as áreas eleitas como prioritárias pelo ministro do Ambiente representam uma pequena parte das despesas do plano.
O Governo manifestou-se hoje disponível para assegurar a requalificação da frente ribeirinha entre o Cais do Sodré e Santa Apolónia e o reordenamento da Praça do Comércio, onde se encontram ministérios, no âmbito do projecto Baixa-Chiado.
O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, Francisco Nunes Correia, anunciou que, de um vasto conjunto de medidas preconizadas para a revitalização da Baixa- Chiado, estas são as duas intervenções consideradas "viáveis e prioritárias" pelo Governo.
"Estamos a falar de um apoio extremamente mitigado, relativo à parte do investimento mais fácil de realizar", disse à Lusa o responsável pela Direcção da Organização Regional de Lisboa (DORL) do PCP, Carlos Chaparro.
Segundo Carlos Chaparro, "o essencial do investimento que se pensava vir do Governo não está a ser considerado".
"Parece que todos acham que o projecto é uma boa ideia, mas ninguém quer ser 'o pai da criança'", ironizou.
Os comunistas defendem "uma reabilitação mais de acordo com as possibilidades financeiras" do Governo e da autarquia.
O ministro do Ambiente afirmou hoje que a comparticipação estatal do projecto ainda não está quantificada, porque primeiro é necessário caracterizar a intervenção.
Neste sentido, Nunes Correia propôs à CML a constituição de uma sociedade gestora, já prevista no plano apresentado pela autarquia lisboeta, participada pelo Estado em 60 por cento, através do seu ministério, e em 40 por cento pela CML.
A CML aprovou dia 06 de Novembro o projecto elaborado por um comissariado presidido pela vereadora do CDS-PP, Maria José Nogueira Pinto.
O plano foi aprovado com votos favoráveis da maioria da então coligação PSD/CDS-PP, abstenções da CDU e PS e o voto contra do vereador independente eleito pelo BE.
O modelo de financiamento e gestão da futura baixa revitalizada, bem como a constituição da Circular das Colinas foram os pontos principais em que a oposição manifestou dúvidas quanto à exequibilidade do projecto, estimado em 1.145 milhões de euros e que deverá estar concluído em 2020. / ACL / Lusa/.»

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Baixa de Lisboa
Só isso?
A montanha e o rato

Soube agora mesmo: Carmona e Maria José Nogueira Pinto vão dar uma conferência de imprensa (conjunta, sim) daqui por meia hora – certamente para se congratularem com isto que acabo de ler no Público on line': «Praça do Comércio também contemplada / Lisboa: Governo assume requalificação da frente ribeirinha entre Cais do Sodré e Santa Apolónia / 15.12.2006 - 16h09 / Lusa / O Governo manifestou-se hoje disponível para assegurar a requalificação da frente ribeirinha entre o Cais do Sodré e Santa Apolónia e o reordenamento da Praça do Comércio, onde se encontram ministérios, no âmbito do projecto Baixa-Chiado, em Lisboa. O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, Francisco Nunes Correia, anunciou em conferência de imprensa que, de um vasto conjunto de medidas preconizadas para a revitalização da Baixa-Chiado, estas são as duas intervenções consideradas "viáveis e prioritárias" pelo Governo».

Mais adiante:
«(…) Nunes Correia propôs à CML a constituição de uma sociedade gestora, já prevista no plano apresentado pela autarquia lisboeta, participada pelo Estado em 60 por cento através do seu ministério e em 40 por cento pela CML. (…) O ministro disse ainda que o Estado contará com a colaboração da Parque Expo, à qual será "confiada a operacionalização das intervenções"».

Eu não me congratularia tanto. É que isto é muito curto. A Baixa precisa de muito mais do que a zona ribeirinha. Talvez em termos de trazer outra vez moradores para a Baixa – objectivo que devia ser central –, esta seja até a parcela menos significante, acho eu. Mais: e as verbas?
Mas, pronto, oxalá que sim, que se comece. No entanto, isto cheira-me tudo a fogo de artifício e pouco sumo. É que esta zona é exactamente aquela em que a responsabilidae é do Governo e em que só o Governo tem jurisdição, designadamente a célebre zona ribeirinha, da APL.
Não é estar a entalar a Câmara? Ou estou enganadérrimo?

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