sexta-feira, maio 18, 2007

«Lisboa como pretexto»

Escreve Baptista-Bastos no ‘JNeg’

Não adoro sempre o que B-B. Confesso que quando dirigi aí a redacção de uma revista cheguei a convidá-lo para uns artigos à borla. E ele até garantiu. Mas depois, por não sei quê, falhou… Não o adoro, mas desta vez, quanto a mim, acertou na «mouche» (é no ‘Jornal de Negócios’): «Ao endossar para António Costa a grave responsabilidade de reconquistar Lisboa, José Sócrates faz um jogo perigoso. Pretende afastar um émulo na corrida para a chefia do PS. Ao mesmo tempo, se Costa perder, os efeitos colaterais atingi-lo-ão de forma escassa. O primeiro-ministro é hábil nestes malabarismos "políticos".

"E assim estamos nesta enfarinhada"
FIALHO D’ALMEIDA

O endossar para António Costa a grave responsabilidade de reconquistar Lisboa, José Sócrates faz um jogo perigoso. Pretende afastar um émulo na corrida para a chefia do PS. Ao mesmo tempo, se Costa perder, os efeitos colaterais atingi-lo-ão de forma escassa. O primeiro-ministro é hábil nestes malabarismos "políticos". Casos ilustrativos: as manobras que conduziram à derrota de Mário Soares, a última pessoa que desejava ver em Belém; e a inesperada votação em Manuel Alegre, que lhe serviu para dividir os votos socialistas. Não há que fugir disto. Contudo, devo dizer à puridade que nada tenho de pessoal contra Sócrates: as minhas reflexões enquadram-se num registo político e numa exigência ética».

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