Eis como se fabricam ideias erradas e se espalham.
Ontem e hoje estamos a ser bombardeados com esta conclusão de um estudo: os portugueses sentiriam mais a falta da net do que da televisão. Coisa idiota, pensei quando ouvi: não conhecem mesmo o nosso povo... e não liguei. Mas hoje de manhã vi isto num que era jornal de referência. Lá estava outra vez a generalização: os portugueses. Como se este erro não derivasse da amostra escolhida. Como se do universo escolhido se pudesse inferir algo mais do que sobre esse universo escolhido - como sempre. Mas neste caso ainda mais. Penso na minha família - e há algum equilíbrio entre net e tv; penso na minha aldeia - e a tv é que é; penso na minha região e a coisa complica-se ainda mais para o lado da net: tv é que é. Penso no Douro, Minho, Trás-os-Montes. Penso nas escolas em que já é bom haver um (um único) computador - e é o único que há em muitas das aldeias que familiares meus, profs, bem conhecem.
Como pode então um estudo concluir que os portugueses sentiriam mais a falta da net do que da tv?
Acho que quem escreve deveria ler mais e melhor.
É que aempresa, ela mesma, apenas coloca o que podia: «Mais de metade dos portugueses inquiridos no estudo não conseguiria imaginar a sua vida hoje sem a Internet»; «a maioria dos portugueses inquiridos»; «98,1 por cento dos portugueses inquiridos sentiria falta da Internet (95,6 por cento sentiriam falta do telemóvel, 92,4 por cento da TV, 90,6 por cento da rádio e 86,8 por cento dos jornais)». Etc..
Leiam antes de titularem, por favor...
1 comentário:
Caro José,
Para quando uma posição sobre o que se passa com os novos contratos que estão a ser assinados pelos recibos verdes da CML que escaparam à 1ª vaga de despedimentos?
Sobre o contrato veja
www.lisboaemalerta.blogspot.com
e já agora para ver o comportamento do Bloco em relação ao caso
www.gentedelisboa.blogspot.com
Como o ex camarada Aranda aprendeu depressa o discurso do poder!!!
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