domingo, dezembro 16, 2007

O desplante de Emídio Rangel

Gostaria de perceber onde - mas onde - está uma só crítica de Rangel a Sócrates nestes 30 e tal meses de governação PS. Claro que não há uma única. E isso por uma razão evidente para toda a gente: Rangel quer outra vez a RTP. Mas como? Saiu de lá com uma indemnização choruda há uns tempos. Seria agora demasiado escandaloso o seu regresso. Mas com a saída de Nuno Santos, seu antigo protegido e agora arqui-rival...
Agora, a propósito deste final que diz feliz da Presidência Europeia, lambe tudo à volta e até tem o desplante de vir dizer que é frontal, que critica quem tem de criticar, que é só coragem e tal e acrescenta com desfaçatez: «Não quero, nem nunca quis, estar bem com Deus e com o diabo» ('Correio da Manhã' de ontem). E , pior,: «É por isso que hoje não regateio elogios a Sócrates». «Hoje»? Só «hoje»? Meu caro, vai-te catar. Essa tem sido a tua régua e esquadro desde que Sócrates «lá» chegou, meu, que nós bem vemos...
Lá para o fim da peça de mel lambusada, Rangel ainda fala da ratificação do Tratado de Lisboa. E diz com sofisma que até podia ser ratificado por referendo que ninguém ia votar outra coisa que não fosse «sim». Mas, acrescenta o grande polítólogo, não vale a pena: «o Paralamento pode, com toda a legitimidade, ratificar o tratado». Pronto, peça completa, cai o pano. Rangel fez o seu papel. Um papelão.

5 comentários:

Dário Nantes disse...

não podia estar mais de acordo ctgo. é apenas mais um parasita que nos delapida neta merda de país governado por um bando de xupistas e nós que votamos continuamos a acreditar no pai natal.
brilhante !!

Anónimo disse...

Não é régua e esquadro; é esquadro e compasso...

Anónimo disse...

Emídio Rangel provou, mais uma vez, e como se disso não houvesse já provas bastantes, que em Portugal o caciquismo medra e alastra, sob máscaras que vão do simples torpe de rua ao jornalista encartado. Uma lástima!

Um abraço!

Anónimo disse...

Emídio Rangel provou, mais uma vez, e como se disso não houvesse já provas bastantes, que em Portugal o caciquismo medra e alastra, sob máscaras que vão do simples torpe de rua ao jornalista encartado. Uma lástima!

Um abraço!

mariahenriques disse...

Pois eu gosto sempre muito de o ler;)
Como por exemplo aqui:-
saraivada infame:-este é cá dos meus.
--Gosto muito de ler e ouvir Emidio Rangel e não apenas porque não alinha com gente muito apressada no ataque pessoal a outros.

http://mareamos.blogspot.com/2010/02/saraivada-infame-este-e-ca-dos-meus.html