sexta-feira, março 30, 2007

Lisboa e a dívida


Santana e a mentira

Lusa no ‘PD’: Santana disse ontem “que lhe parece «muito difícil governar a câmara», no quadro actual. O ex-várias coisas falava no Nicola. Às tantas inventou mais uma: «Quando cheguei à câmara o passivo era de 900 milhões de euros». O homem mente com quantos dentes tem na boca. Não vi. Mas senti: ele, quando mente, mente com a cara mais tranquila e infantil do País. Infantil: é o termo. Imagine que era verdade esta dos 900 milhões. Quantas vezes Carmona e ele mesmo o teriam re-re-re-repetido??? E com ra-ra-ra-razão. Olha, se não o conhecêssemos… Depois ainda vem falar de Goebbels! Quando diz uma verdade é por engano, parece. E sempre na maior das impunidades, como se ninguém o levasse a sério... Como se...?!

50 minutos para falar de... nada

Actualização às 10 horas:
Paulo Ferrero esteve no Nicola e narra no Carmo e a Trindade a sua própria versão da sessão ao vivo e a cores: «PSL esteve igual a si mesmo, one man show: chegou atrasado 30m, teve casa a abarrotar, direito a RTP e dezena de fotógrafos; teve secretária para lhe levar 2 dossiers (um dos quais com "Confidencial" na etiqueta da lombada, supõe-se que fosse o tal relatório da auditoria interna que mencionou, da P&W) e ir colocando os slides; e falou durante 50m de si próprio, ou seja, de nada».

2 comentários:

Anónimo disse...

Desculpa lá pá, mas o homem falou de quando chegou à Câmara e não quando saiu dela: nessa altura os digitos da dívida já eram outros! -Desta vez escapou-lhe a "boquinha" para a verdade. O Português é muito traiçoeiro, mesmo para os que mentem com os dentes todos.

José Carlos Mendes disse...

Apenas 3 números ou 4:

1.
Em fins de 2001 (final da Coligação PS/PCP), de acordo com o Relatório oficial das contas da CML, a dívida de curto prazo era de 60 milhões de euros. A mesma, depois de 4 anos de Santana, era de 200 (3 e meia vezes mais).

2.
Em fins de 2001, a dívida global da CML era de 600 milhões (e nunca 900) - incluía todo o PER, realojamento de milhares de pessoas de barracas. A mesma, no final do mandato de Santana, era de 1 000 milhões (quaase o dobro). Mas ainda se fosse por uma boa causa. Mas alguém se lembra de alguma obra digna desse nome naqueles 4 anos fatídicos?