segunda-feira, março 26, 2007

Lisboa: venda das casas resolve o problema?

Até que enfim: solução à vista
Nogueira Pinto já não é hipótese para a Fundação?

Isaltina Padrão, ‘DN’ de hoje: «Fundação D. Pedro IV admite vender casas a moradores do Bairro dos Lóios / Os moradores do Bairro dos Lóios, em Chelas (Lisboa), vão finalmente poder adquirir as casas onde moram e pelas quais querem há muito deixar de pagar renda à Fundação D. Pedro IV, proprietária da urbanização desde 2005. Mas tal só acontecerá se - e só se - as propostas apresentadas este mês pelo presidente da fundação, Vasco Canto Moniz, ao secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, João Ferrão, e ao vereador da Acção Social e da Habitação, Lipari Pinto, forem aceites».
Até que enfim: uma solução à vista. Chegou a falar-se de Maria José Nogueira Pinto para dirigir a Fundação por nomeação governamental para encontrar uma solução deste tipo.
Note que falo de serviço público, e não de tachos. MJNP, asseguram-me, nem precisa disso. Talvez nem queira. Mas para um bom desafio estará aí para alinhar. Certo? Escrevo isto porque aí em baixo, num comentário, alguém torceu tudo. Por «deformação de formação», julgo.

3 comentários:

Anónimo disse...

A solução está longe de estar à vista...

Esta Fundação continua a brincar com os políticos e a fazer o que bem lhe apetece sem respeitar nada nem ninguém... Só para lembrar da existência do relatório nº75/96 da IGSS que diz o seguinte:

"Constata-se que a Fundação tem vindo a ser gerida por pessoas que não desenvolvem actividades tendentes a concretizar os seus fins, desenvolvendo antes outras actividades que nada têm a ver com os mesmos, das quais retiram proveitos pessoias. A sede da Fundação está transformada na sede de uma 'holding' imobiliária, dirigida pelo Presidente do Conselho de Administração, que ali desenvolve as suas múltiplas actividades no referido meio.
(...)
Urge pôr cobro a esta situação, que repugna num Estado de direito democrático, principalmente pelo desvirtuar de todos os princípios de solidariedade social subjacentes".

Esse relatório vai mais longe dizendo:
"Que sua Excelência o Ministro da Tutela determine a extinção da Fundação D. Pedro IV, ao abrigo do disposto na al. b) do nº2 do D.L. 119/83, atento o disposto no artº86º do mesmo diploma;"

Anónimo disse...

ESTE PAÍS ESTÁ SAQUE

CANTO MONIZ TEM NA MIRA O EDIFICADO MUNICIPAL!!...

O Canto Moniz já não se contenta, apenas, em fazer uma negociata com edificado (no valor de 34 milhões de euros) que, em 2005, indevidamente, recebeu, a custo zero, do Estado / IGAPHE. Agora, propõe-se, também, a deitar as suas unhas a mais algum património, desta feita, ao municipal.

Entretanto, como se sua proposta se tratasse duma grande façanha, vai dizendo que está disponível para recuperar este o edificado camarário com fundos do PROHABITA (pois, claro!...) e a aplicar, aos actuais inquilinos da Câmara Municipal de Lisboa, o Decreto-Lei n. 166/93, de 7 Maio, ou seja, o regime da renda apoiada, ou seja, precisamente o mesmo estatuto que motivou os aumentos, abruptos e colossais, das rendas (que estão suspensas por decisão do tribunal) dos inquilinos do IGAPHE dos bairros dos Lóios e das Amendoeiras!

Como se o clima de instabilidade social criado nos bairros acima referidos não fosse já suficiente, o cavalheiro ainda está disponível (sempre à custa do erário público e com a conivência de alguns responsáveis políticos) a estender os conflitos sociais aos bairros municipais.

Entretanto, propõe-se, ainda, a vender aos inquilinos dos Lóios fogos degradados a valores actuais (não nos admirava nada que homem não esteja a pensar em valores de mercado?!...) em igual número àquele que venha a receber da Câmara Municipal de Lisboa.

Em suma: aquela carola (a do Canto Moniz) não pára e, digamos que homem, no que respeita a contas de merceeiro é óptimo, é excelente! É só somar, somar, somar…

Estas são, pois, as intenções do Canto Moniz e da Fundação D. Pedro IV, que, como todos sabem, detém o estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social – IPSS, imaginem lá que estávamos em presença de um “pato bravo” qualquer, como não seria?!...

Anónimo disse...

Com que então a Fundação D. Pedro IV já arranjou um aliado na Câmara Municipal de Lisboa?!...

Se o Sr. Vereador Sérgio Lipari acha que se deve juntar ao Canto Moniz lá saberá porquê? Contudo, nos desde já, fazemos dessa “aliança” a nossa leitura, ou seja, dela retiramos as nossas ilações:

Esperemos que a oposição camarária e quem de direito esteja atento às manobras financeiras que já se avizinham e que envolvem o património municipal.

Porém, se as intenções do Canto Moniz forem por diante, não tardaram os inquilinos camarários a protestar connosco contra a aplicação, por parte da famigerada Fundação D. Pedro IV, do Decreto-Lei n.º 166/93, de 7 de Maio, que regulamenta a chamada “renda apoiada”, ou seja, serão mais umas quantas vítimas da ambição desmesurada do Canto Moniz e da sua cambada que se esconde atrás da Fundação D. Pedro IV, bem como, de certas influências políticas e, ainda, de certas autênticas máfias que se têm vindo a instalar no nosso País e a manobrar alguns dos nossos principais partidos políticos.