Lisboa e assessores

A matéria parece complexa, mas é simples

Esta questão que o «CM» garantiu ontem estar em análise no seio da Judiciária, a das avenças na CML relacionada com os contratos de avença, deve ser aclarada. No entanto, fontes da PJ negaram a várias jornalistas que estivesse em curso essa investigação.
Mas para o imediato, o Sindicato dos Trabalhadores do Município já produziu nos jornais uma primeira achega para o assunto. Segundo o «DN», para o seu presidente, Libério Domingues, «trata-se de um problema "transversal a todos os pelouros, mesmo a gabinetes da oposição". A notícia da existência destas investigações por parte das autoridades representa para o sindicalista um sinal de que finalmente "se vai fazer luz sobre este assunto, que tem fortes indícios"».
Vamos lá ver se não acaba tudo por sobrar para as pessoas erradas.
O assunto é delicado e contém várias vertentes.
Os assessores avençados – como é o meu caso – não podem receber nem um tostão de horas extras (e seria imoral se recebessem): a sua avença implica especialidade de tarefa e disponibilidade total de tempo e meios.
Mas não assim com os assessores que são do quadro da CML.
Esta é a primeira questão.
A outra, a dos contratos feitos como avença mas que suprem necessidades de quadro, essa é diferente e deve ser tratada de modo diferente.
Finalmente, as ilegalidades e os abusos tantas vezes referidos: as contratações de favor feitas pelos vereadores e da sua responsabilidade – essa é que será a grande questão.
Se não se conseguir ir ao fundo deste poço, não há clareza. Pelo contrário.
Leia para sua informação pelo menos o que aparece também aqui e aqui.