O vereador dos Espaços Verdes na Câmara de Lisboa, José Sá Fernandes, manifestou-se aberto a melhorias que o Campo de Tiro de Monsanto possa vir a introduzir naquela infra-estrutura que, sublinha, no estado actual, «não pode funcionar».
A concessão que o Campo de Tiro mantinha com a autarquia lisboeta terminou há cerca de um ano, embora tenham sido dados sucessivos prazos para que fosse apresentado um plano de melhoria, que prevenisse o ruído e a contaminação do solo pelo chumbo.
A concessão que o Campo de Tiro mantinha com a autarquia lisboeta terminou há cerca de um ano, embora tenham sido dados sucessivos prazos para que fosse apresentado um plano de melhoria, que prevenisse o ruído e a contaminação do solo pelo chumbo.
Mas isto é agora.
Há um ano e tal, Sá Fernandes pensava de modo diferente: queria que o Campo de Tiro a Chumbo saísse de Monsanto até Fevereiro de 2008!!
Se não acredita, leia mais aqui (declarações de 2006). Selecciono, por exemplo, estas loinhas : «"A Câmara de Lisboa não pode negligenciar os impactos ambientais negativos que a presença deste campo no parque de Monsanto acarreta, nomeadamente ao nível da elevada poluição ambiental, ruído e contaminação dos solos, assim como dos próprios riscos físicos a que estão permanentemente sujeitos os utentes do parque", defende a proposta de Sá Fernandes.
Para o vereador do BE, "existe relativo consenso" quanto à ideia de que a permanência do campo de tiro "não é a solução mais adequada".»
Para o vereador do BE, "existe relativo consenso" quanto à ideia de que a permanência do campo de tiro "não é a solução mais adequada".»
Isto foi em 2006: oposição ao campo de tiro. Agora, condescendência com o mesmo campo de tiro. Uma viragem de 180º - a menos que nos seja muito bem explicadinha... A nova posição de Sá Fernandes é estranhíssima. Esperava tudo menos isto que a seguir lhe leio, que é o que Sá Fernandes pensará agora, segundo a Lusa (in DD, declarações de hoje): «"O campo de tiro como está não pode funcionar mas estou aberto a tudo o que não prejudique Monsanto", afirmou. Se estiverem garantidas medidas para a minimização do ruído e a não contaminação do solo pelo chumbo, o vereador afirma que terá de «ponderar» a continuação do campo de tiro em Monsanto. «Se a concessão for paga, se houver uma receita para a Câmara, se o espaço estiver 'blindado', sem derrube de árvores, acho que se pode ponderar», acrescentou.»
O que dirá disto (ou melhor: o que pensará disto tudo) o arq. Gonçalo Ribeiro Telles? E como se encaixará o Campo de Tiro no seu Plano Verde, já agora?
2 comentários:
Este Vereador continua:
Cada tiro cada melro, cada cavadela cada minhoca.
Era de rir se não fossem assuntos sérios
será que a ainda vamos ver Sá Fernandes a defender o tunel do marques? esta do campo de tiro é realmente uma grande pirueta. O campo de tiro só funciona devido a interesses de um
grupo restrito de cidadãos com grande influencia.Será que se vai contnuar a permitir esta actividade que polui, agride e é contraditória a tudo o que a própria CML defende publicamente para o parque.Sá Fernandes poderia ser uma esperança mas parece que já entrou no esquema. Vamos aguardar...
Lisboeta preocupado
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