sábado, setembro 29, 2007

O enigma do terreno de Entrecampos

Perguntas de Luisa Botinas hoje no 'DN'. Respostas de Manuel Salgado, vereador do Urbanismo.
(...) Qual o desfecho futuro para a Feira Popular, enquanto equipamento de diversões, e para os terrenos de Entrecampos?
Lisboa metropolitana necessita de um grande parque de diversões, mas não tem espaço. Um grande parque com 30 hectares, com divertimentos, isso não cabe aqui dentro. Por isso, deve ser um projecto em parceria com outras câmaras. Quanto ao terreno de Entrecampos, é estratégico na cidade. Tem uma localização ímpar, está no eixo central, junto a um interface de transportes. Faz sentido então criar ali uma grande centralidade com ligação pedonal ao Jardim do Campo Grande, inovadora, onde a oferta de estacionamento seja mínima, para obrigar as pessoas a usar o transporte colectivo e a percorrer o espaço público envolvente. Esta opção poderá ser uma oportunidade de melhorar também a Avenida da República ao nível das circulações, criando novos percursos e preenchendo as descontinuidades.
E quanto ao Parque Mayer?
A ideia é fazer um plano de pormenor que inclui o Parque Mayer, o Jardim Botânico, os edifícios da Escola Politécnica e os edifícios da envolvente. A Universidade de Lisboa está interessada em ser parceira desta operação. Optámos por fazer um concurso de ideias e provocar uma discussão em torno do espaço. A partir daí será escolhida a equipa para fazer o plano de pormenor.
Portanto, a solução de Gehry já era?
Existem ideias no seu estudo que podem ser aproveitadas, tal como existem ideias no estudo de Norman Foster que também podem ser aproveitadas. Como existem outras ideias. O problema agora é ver qual é a melhor e a sua viabilidade financeira.
Quanto à Torre de Norman Foster em Santos?
A câmara vai promover, não sei ainda quando, uma verdadeira discussão pública. Não será um acto burocrático do género pôr um edital à espera das reclamações. Será antes um debate, pois é um projecto provocador.
Gosta?
Gosto. É um projecto interessante. Tenho algumas interrogações sobre se aquele é o local indicado para ter uma torre. Mas é da discussão que virá a resposta. Quanto à câmara, cabe-lhe criar condições para ela acontecer e, depois do consenso, ter a palavra final. Não haverá referendos.
Leia mais no 'DN'

Sem comentários: