José Manuel Viegas, IST: táxis colectivos e mototáxis - soluções para reflectir... Artigo no «DN» chamam a aatenção para estes assuntos.
A propósito: taxistas de Lisboa apresentam as suas queixas no I Festival Internacional - que se realizará na capital. Radares e mobilidade, falta de condições e imagem pública - alguns problemas que sentem. Ver JN de hoje.
1 comentário:
Vou repetir um comentário que já fiz sobre este mesmo assunto: AS ESTRADAS E O TEMPO
Quando tirei a carta de condução, há mais de trinta anos, os limites de velocidade para os automóveis ligeiros de passageiros eram de 60 km nas localidades, 80 km fora delas e sem limite nas auto-estradas.
Fora das cidades, as estradas disponíveis eram em geral estreitas e sinuosas. As vias estavam em conformidade com o número de veículos que também eram poucos, por isso as “bichas” não eram menores que hoje: aos fins de semana era normal haver “bicha” desde a Costa da Caparica e o Casal do Marco até à ponte 25 de Abril (então chamada de Salazar). Já antes da existência da ponte eram conhecidas as “bichas” pró “cacilheiro” de um e de outro lados do rio; nos dias com mais movimento pró Algarve, formavam-se “bichas” com dezenas de Quilómetros para se atravessar a única ponte então sobre o Sado em Alcácer do Sal; A subida de Rio Maior para a Venda das Raparigas era também um local de “bichas” habituais. A passagem por Coimbra e daí até ao Porto era também um autêntico “inferno”, Enfim, os problemas não eram muito diferentes.
Nas cidades havia muito menos Avenidas, não havia a CRIL (inacabada), nem a CREL, nem a via Norte/Sul. Havia apenas a 2.ª Circular que terminava em Benfica, onde é hoje a Fonte Nova. Grande parte das ruas eram ainda feitas em calçada de pedra (basalto).
Os carros também eram muito menos seguros: não havia inspecções periódicas; os sistemas de travagem não incluíam ABS e poucos veículos podiam contar com o sistema de “servo-freio”; também não havia “air bags” nem “Cintos de Segurança”; sem se usavam cadeirinhas prós bébés, que por vezes iam à frente ao colo da mãe .
Muito melhorou desde então: quer nos veículos, quer nas vias, por isso os limites de velocidade nalgumas vias deveriam ser repensados, porque são irrealistas para os nossos dias, por isso os mais pacatos automobilistas não os cumprem em geral, daí o número de multas em virtude da introdução dos radares em Lisboa e também os consequentes protestos que aqueles continuam a levantar. Nas auto-estradas o limite de 120 Km por hora (ou até menos) poderá justificar-se em troços com muito trânsito ou em condições de tempo adversas. Porém, numa auto-estrada com bom tempo e pouco trânsito 120 Km provoca sonolência e é uma velocidade muito reduzida, tendo em consideração as vias hoje disponíveis e a segurança dos veículos actuais. Todas as auto-estradas são hoje monitorizadas e têm “placards” onde podem ser afixadas as velocidades máximas, consoante o volume de trânsito e o tempo (tal como acontece na Ponte Vasco da Gama), por isso as velocidades poderiam muito bem passar a ser variáveis nalgumas vias. PORQUE É QUE PORTUGAL NÃO PODE SER INOVADOR?
Zé da Burra o Alentejano
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