Foto: CMPrémio «Não fui eu: foi aquele menino»
Em causa: os terrenos da urbanização do Sporting – objecto de uma deliberação que está suspensa desde Abril. A questão tem andado encanzinada: faltam milhares de metros quadrados de espaços verdes e equipamentos. Agora vem Sá Fernandes, que vai ter o pelouro que mais directamente se prende com isto e diz ao ‘CM’ de sexta-feira: “Acho profundamente injusto e estranho dizerem que eu quis prejudicar o Sporting, quando a proposta foi chumbada pelos vereadores do PCP, do PS e da CDU e muitos fizeram-no com muito maior veemência do que eu.” “A maior parte dos sportinguistas sabe que as minhas razões são urbanísticas. Não tem pés nem cabeça que se possa pensar noutra coisa.»
Faço notar que para a CDU (que engloba o PCP), a questão é outra e bem mais profunda: falta um plano para a zona. E sem isso, nada feito. Mas acho piada a este apontar de dedo de Sá Fernandes.
Fase «O crocodilo voa, mas voa baixinho»
Agora Sá Fernandes vem dizer ao jornal que «da sua parte há “total vontade” para resolver o problema do Sporting quanto ao loteamento de terrenos para construção e que permitiria ao clube o encaixe de 35 milhões de euros». E, qual tigre agora em fase menos: «“Não vou prejudicar o Sporting. Não estou contra o Sporting nem contra o loteamento de terrenos, desde que sejam respeitadas algumas regras, como espaços verdes e equipamentos colectivos. Há total abertura da minha parte para resolver esta questão”».
Claro que virá alguém dizer que ando atrás de Sá Fernandes. Mas não. De forma nenhuma. É mero registo político com comentário, como temn de ser feito. Há ruídos que merecem registo, mesmo quando servem para dizer que se vai fazer menos barulho. Isto, meus amigos, é política, não é apenas conversa entre amigos. Se alguém fala e diz coisas destas não espere que todos se calem.
Com ou sem boa vontade
Aliás, o tom de Sá Fernandes é um pouco ao lado daquele que foi adoptado por Pedro Soares na mesma sexta-feira, no briefing que se seguiu à sessão extraordinária da CML desse dia. Lê-se no ‘DD’, que transcreve a Lusa: «Pedro Soares, afirmou hoje que mantém a posição quanto ao loteamento do Sporting, cuja aprovação faz depender da inclusão de uma área para equipamentos e espaços verdes.
“A questão coloca-se nos mesmos termos. Há matéria naquele projecto que pode ferir o PDM [Plano Director Municipal]”, afirmou aos jornalistas, na conferência de imprensa que se seguiu à primeira reunião do executivo municipal lisboeta desde que tomou posse na quarta-feira».
Quase o mesmo. Mas não exactamente o mesmo. As alusões à boa vontade e tal, que não constavam, constam agora de um dos discursos. Registo obrigatório. Claro.
Em causa: os terrenos da urbanização do Sporting – objecto de uma deliberação que está suspensa desde Abril. A questão tem andado encanzinada: faltam milhares de metros quadrados de espaços verdes e equipamentos. Agora vem Sá Fernandes, que vai ter o pelouro que mais directamente se prende com isto e diz ao ‘CM’ de sexta-feira: “Acho profundamente injusto e estranho dizerem que eu quis prejudicar o Sporting, quando a proposta foi chumbada pelos vereadores do PCP, do PS e da CDU e muitos fizeram-no com muito maior veemência do que eu.” “A maior parte dos sportinguistas sabe que as minhas razões são urbanísticas. Não tem pés nem cabeça que se possa pensar noutra coisa.»
Faço notar que para a CDU (que engloba o PCP), a questão é outra e bem mais profunda: falta um plano para a zona. E sem isso, nada feito. Mas acho piada a este apontar de dedo de Sá Fernandes.
Fase «O crocodilo voa, mas voa baixinho»
Agora Sá Fernandes vem dizer ao jornal que «da sua parte há “total vontade” para resolver o problema do Sporting quanto ao loteamento de terrenos para construção e que permitiria ao clube o encaixe de 35 milhões de euros». E, qual tigre agora em fase menos: «“Não vou prejudicar o Sporting. Não estou contra o Sporting nem contra o loteamento de terrenos, desde que sejam respeitadas algumas regras, como espaços verdes e equipamentos colectivos. Há total abertura da minha parte para resolver esta questão”».
Claro que virá alguém dizer que ando atrás de Sá Fernandes. Mas não. De forma nenhuma. É mero registo político com comentário, como temn de ser feito. Há ruídos que merecem registo, mesmo quando servem para dizer que se vai fazer menos barulho. Isto, meus amigos, é política, não é apenas conversa entre amigos. Se alguém fala e diz coisas destas não espere que todos se calem.
Com ou sem boa vontade
Aliás, o tom de Sá Fernandes é um pouco ao lado daquele que foi adoptado por Pedro Soares na mesma sexta-feira, no briefing que se seguiu à sessão extraordinária da CML desse dia. Lê-se no ‘DD’, que transcreve a Lusa: «Pedro Soares, afirmou hoje que mantém a posição quanto ao loteamento do Sporting, cuja aprovação faz depender da inclusão de uma área para equipamentos e espaços verdes.
“A questão coloca-se nos mesmos termos. Há matéria naquele projecto que pode ferir o PDM [Plano Director Municipal]”, afirmou aos jornalistas, na conferência de imprensa que se seguiu à primeira reunião do executivo municipal lisboeta desde que tomou posse na quarta-feira».
Quase o mesmo. Mas não exactamente o mesmo. As alusões à boa vontade e tal, que não constavam, constam agora de um dos discursos. Registo obrigatório. Claro.
9 comentários:
As circunstâncias mudaram. Antes eramos oposição, agora somos do poder e... temos compromissos, que são também os do poder. POr isso agora até o fecho da Maternidade Alfredo da Costa em Lisboa apoiamos se essa for a vontade dos nossos amigos e aliados do PS.
BE
Que estupidez de comentário. Pior ainda por se fazer passar pelo Bloco, que respeito. E sem qualquer subtileza. O que acho particularmente idiota...
Se repete, apago, sem dó nem piedade, como é evidente.
Não existe mudança na posição do BE e de Sá Fernandes.
Se o Sporting cumprir com a Lei , tudo bem.
Aliás para complementar, algumas informações sobre este caso.
O processo foi levado a reunião de Camara,e por UNANIMIDADE foi retirado, dirigentes do Sporting acusaram Sá Fernandes de obstrução, esquecendo que se os outros 16 vereadores, tivessem votado favoravelmente as pretenções do Sporting, a proposta teria passado.
Já durante a campanha, o Sporting ,obrigou a retirar um cartaz de Sá Fernandes, justificando que a zona lhe pretencia, se isto não é preseguição , ou melhor represálias ,então não sei o que sejam.
Já agora, e proposito de um comentario sobre o Plano Verde ,aconselho a lerem HOJE dia 6/8 no Jornal de Noticias, no sector País, um artigo e um comentário do arquitecto Gonçalo Ribeiro Teles, sem menosprezo, parece-me que o seu amigio da Quercus , não tem toda a informação do dito plano, e por isso teria feito algumas considerações, que vi aqui transcritas há alguns dias.
Demonstra que tem ido aos treinos e tem treinado principalmente os golpes de rins.
O Zé vê lá como é que é!
T
Completando o meu raciocinio, não tente procurar mudanças de posição sobre aquilo porque Sá Fernandes e o BE se bateram nestes dois anos, não vai conseguir.
Aliás seria avisado , deixar passar alggun tempo , estamos em Agosto, deixe que o trabalho começe a ser realizado, os projectos postos em marcha, e aí tem toda a autoridade democratica para criticar o que estiver mal, e elogiar o que estiver bem.
Assim vai atraz do mero ruido mediatico, sem quaisquer vantagens para Lisboa e os Lisboetas.
Como já respondeu, á provocação do primeiro anónimo dispenso-me de perder tempo com gsemelhante gente.
Quero no entanto dizer, que este acordo , é para tentar dar uma saida ao descalabro em que a Camara de Lisboa se encontra, o Ruben e a Roseta, com o tempo irão apoiar a esmagadora maioria das propostas.
Isto NADA tem a ver com Socrates e o governo, querer misturar as duas coisas, é ignorar que acordos para Camaras, juntas, t~em sido feitos por todos os partidos parlamentares.
Que eu saiba, por exemplo, os acordos PSD-PCP no Porto e em Sintra, na vigência dos governos de Durão Barroso e Santana Lopes, não obrigaram o PCP a deixar de criticar e bem esses governos do PSD.
Tal como a aliança do PCP-PS na vigência da presidência de João Soares enm Lisboa, não coartaram, a critica do PCP ao governo Guterres.
Por isso, wait and see....
Tinha avisado. Apaguei e guardei...
só gostava de vos lembrar de que este projecto do clube de alvalade vem desde o tempo pelo menos do João Soares, se ele está mal feito foi feito mal na altura. Isto e muitas outras coisas olhem o corte inglês etc etc. por isso o que se queria era que fosse dado cumprimento ao que tinha sido estabelecido tanto na reunião da cml e da AML. não consigo explicar melhor mas acho que este é o ponto de partida para o negócio de ALVADADE
Correcção: do tempo de Abecasis.
Do tempo de vocÊs todos!
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