segunda-feira, abril 18, 2005

Jornal das 11 / dia 18 de Abril

Instabilidade, instabilidade

Numa altura destas, andar com mudanças de locais para os serviços da CML não
lembrava ao diabo. «Nem para eles são bons», costumam dizer-me alguns amigos,
querendo significar que são mais umas semanas em que nada funciona e que isso
prejudica eleitoralmente a direita. Prefiro ver por outro prisma: é mau porque prejudica
a Cidade. Os Serviços de Saúde de apoio aos trabalhadores da CML têm já segunda
versão de local em meses; os serviços de Ambiente Urbano, a mesma coisa.
É só instabilidade, além da inoperacionalidade.


Carrilho

À reunião desta semana entre o PS e o PCP em torno de uma eventual coligação de
esquerda para Lisboa, também vai Carrilho, que se diz convicto de que «há condições»
para a coligação.
Talvez. Depende de quem vai dizer o quê. O que se tem ouvido não é animador
nesse sentido. Mas o caso é que de ambos os lados há quem prefira que não haja
coligação.
E Lisboa?


Dias Loureiro, o magnífico

Não adianta Dias Loureiro vir dizer como quem não quer a coisa que Santana não
quer concorrer a Lisboa. É claro que quer. O que também é claro, é que estão a empurrá-
lo para Sintra. Para que Marques Mendes não seja colocado na situação de ter de optar
entre Santana e Carmona - caso em que escolherá de certeza uma terceira via.
Dias Loureiro presta-se a cada coisa!
Se Santana não estivesse interessado em Lisboa ou se quisesse facilitar a vida a
Mendes, não andava afadigado com os seus fiéis vereadores e assessores a preparar
inaugurações de ano eleitoral
Mais difícil de perceber é que Santana tenha falhado a festa dos idosos do fim-de-
semana. Helena Lopes da Costa substituiu-o, é certo, e continua a dizer que «se ele
quiser, deve ser ele» a candidatar-se a Lisboa. E Santana, é certo, continua a dizer que
Marques Mendes é que deve decidir e que ele apoiará o candidato escolhido se não for o
próprio.
Uma confusão bélica dos diabos.
Mas, por outro lado, Marques Mendes não quer nem comprar esta guerra entre dois
blocos nem oferecer a Santana guerrilheiro um trampolim que ele procura na rejeição do
seu nome.
Um dilema.
E Santana em Sintra, como seria? Fernando Seara iria para a Assembleia
Municipal?
A verdade é que em certos meios de Sintra foi espalhado o boato de que esta dupla
(Santana/Seara) se preparava para enfrentar outra dupla: Soares/Coelho.


E vão quatro

Parece certo que já são pelo menos quatro as vítimas do Congresso, e das peripécias
seguintes, entre os membros dos gabinetes do PSD na CML.
Nota-se que os santanistas não perdoam.
Mas os carmonistas queriam era paz.
Aliás, ainda não está claro o que vai Carmona fazer agora para a Nova.
Vice-presidente da CML em meio-tempo? Ou terá alguma outra na manga?