PS / PCP
«O PCP não será a peninha no chapéu» do PS. Disse Jerónimo de Sousa na apresentação de Ruben de Carvalho.
Ontem, segunda ronda negocial.
No final, todos lacónicos. «Talvez haja nova reunião».
Vida
De Ruben. Aqui fica o currículo invejável do Comendador.
Vai desformatado, por causa destas coisas dos bloggers.
É longuíssimo, mas verá que vale a pena ler. Ainda cá falta a meninice dele dentro do jornalão «O Século», onde, como me disse ontem o Armando pereira da Silva, «lhe cresceram os dentes». Literalmente... Leia:
«1. Identificação
Ruben Luís Tristão de Carvalho e Silva
Nascido em Lisboa a 21 de Julho de 1944
Nacionalidade: portuguesa
Estado civil: divorciado
Habilitações literárias: antigo 7º ano do Liceu, área de História. Frequência do Curso de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (incompleto)
Estatuto de formador área A/60 (jornalismo) nº CCPF/RFO-15596/03
2. Profissional
2.1.
Jornalista (Carteira Profissional nº 77, categoria profissional chefe de redacção)
1963: estagiário na redacção de «O Século»; repórter em 1964; redactor em 1966;
1964-1970: colaboração na revista «Século Ilustrado» (criação da primeira secção regular de crítica de música popular na imprensa portuguesa em colaboração com os caricaturistas e gráficos Luís Filipe da Conceição e José Araújo);
1967-1969: chefe de redacção da «Vida Mundial» quando da sua transformação em revista;
1971-1972: redactor coordenador de «O Século»
1974-1995: chefe de redacção do semanário «Avante!» a partir do nº 1 da série legal;
1986-1990: director da rádio local «Telefonia de Lisboa» (tb. responsável por programas sobre música brasileira, folk e actualidade)
1995/2005: jornalista free-lancer/comentador de «A Capital» (1995-1997), «Diário de Notícias» (1997-2005), RTP-2º canal (1998), RDP-Antena 1 (2001) e SIC Notícias (2002-2005)
membro do Conselho de Opinião da RTP (2002);
participação em colóquios e conferências sobre Comunicação Social promovidas por diversas entidades (autarquias, escolas, associações e colectividades);
2.2.
1967-1971: colaborações regulares como copy writer e criativo nas empresas de publicidade Espiral/Publicis e J. Walter Thompson;
1972-1974: Director criativo e administrador delegado da empresa ZEIGER – Publicidade Internacional SA
2.3.
1973: concepção e organização do programa de lançamento do semanário «Cinéfilo» que incluiu o primeiro programa de espectáculos 24 horas-non-stop realizado em Lisboa;
1976-2005: membro do executivo da Festa do «Avante!» e responsável pela programação cultural da Festa ;
1990-1991: membro da Comissão de Estudo das Festas da Cidade nomeada pela Câmara Municipal de Lisboa e relator do relatório que definiu o figurino das Festas implementado entre 1991 e 2001;
1991-1992: membro da Comissão Executiva das Festas de Lisboa;
1992: membro da Comissão Municipal de Preparação de LISBOA 94 – Capital Europeia da Cultura;
1992-1993: planeamento e direcção das duas edições do festival de música folk Folk Tejo, integrado nas Festas de Lisboa;
1993-1995: comissário/administrador da Sociedade LISBOA 94 – Capital Europeia da Cultura. Responsável pelos pelouros de Música Popular e Animação, Edições. Direcção do apoio e desenvolvimento, entre outros, dos projectos «Lisboa-Fado» (colaboração com o ISCTE/Antropologia e Sociologia, Universidade Nova/Musicologia, Museu Nacional de Etnologia e EMI-Valentim de Carvalho - exposições, edições livreiras e discográficas, levantamentos de fontes, etc); «Ajuda» (edição fac-similada do «Cancioneiro da Ajuda»); «Alfarrábio» (2ª Feira do Livro Antigo, realizada na Central Tejo); «Filhos da Madrugada» (edição de duplo CD e espectáculo no Estádio de Alvalade de homenagem a José Afonso); etc.
1999-2001: concepção e direcção do Festival das Músicas e dos Portos organizado pela Associação de Turismo de Lisboa e pelouro de Turismo da CML para promoção e estudo do Fado e expressões musicais afins (1999: rebetiko/Grécia; 2000: cajun e blues/ New Orleans-EUA; 2001: shanties e sailors songs);
produção e co-autoria de diversos espectáculos, nomeadamente «25 Canções de Abril» (1977-Pavilhão dos Desportos/Coliseu do Porto), filmado por Luís Gaspar; «Lisboa Cidade Abril» (1979-Pavilhão dos Desportos); «Pete Seeger em Lisboa» (1983); etc
concepção e organização da exposição de homenagem a Fernando Lopes Graça realizada em 1996 pela Câmara Municipal de Almada;
produção de diversos discos, nomeadamente «Pete Seeger em Lisboa», «A Internacional» (primeira versão gravada em português), «Carvalhesa», «25 Canções de Abril», «Uma Certa Maneira de Cantar», «Guitarras do Fado», «Jacinta canta Bessie Smith», «Grândolas», «Ary», etc.
conferências e colóquios de divulgação musical, entre as quais «Popologia», promovida em 1965 pela Associação de Estudantes da Faculdade de Direito de Lisboa; realizações de variadas características e dimensões promovidas por municípios (Lisboa, Sines, Serpa, Arraiolos, Barcelos, Fundão, Almada, Barreiro, Palmela, Bragança, Santiago do Cacém, etc), colectividades (Cooperativa Árvore, SFUAP, Cineclubes diversos, etc), associações de estudantes, instituições diversas (Observatório das Actividades Culturais, Instituto de Cultura Inglesa da Faculdade de Letras de Lisboa, Universidade de Aveiro, Universidade do Algarve, Instituto Politécnico das Caldas da Raínha, etc);
ciclo de conferências «Os Caminhos da Folk» na Culturgest Jan/Fev. - 2005
leccionou o curso livre «Os Sonhadores de Sonhos» sobre música popular urbana a convite da Universidade do Algarve (2003)
leccionou as sessões sobre música tradicional portuguesa nos Cursos de Verão da Universidade do Algarve (2002, 2003)
3. Actividade cívica e política
3.1.
1960-1961: vice-presidente da Comissão Pró-Associação dos Estudantes do Ensino Secundário de Lisboa
1961: membro da Comissão Organizadora do «Dia do Estudante»;
1961: editor do jornal «Perspectiva», editado pela CP-AEESL;
1962: membro da Comissão Organizadora do «Dia do Estudante»;
1964: responsável do Gabinete de Imprensa da RIA-Reunião Inter-Associações;
1964: membro da Comissão Organizadora do II Seminário de Estudos Associativos. Comunicação apresentada (c/ Albano Freire Nunes) sobre imprensa estudantil;
1965: responsável pela publicação do boletim «Unidade Estudantil», editado pela RIA.
3.2.
1958: subscritor do «abaixo-assinado dos estudantes liceais de Lisboa em apoio à candidatura do general Humberto Delgado» e membro das «comissões juvenis de apoio» à candidatura;
1961: membro do secretariado da Comissão de Apoio à Candidatura da Oposição Democrática às «eleições» para a Assembleia Nacional;
1965: membro do secretariado da Comissão de Apoio à Oposição Democrática;
1972: membro do executivo da CDE de Lisboa;
1973: eleito membro do executivo nacional do movimento CDE. Responsável pela edição do boletim clandestino «Força do Povo» e outros materiais da campanha para as «eleições» para a Assembleia Nacional de 1973;
1974: membro eleito da direcção nacional do MDP-CDE em Abril de 1974;
1974: chefe de gabinete do ministro sem pasta Prof. Francisco Pereira de Moura no I Governo Provisório após o 25 de Abril de 1974;
1999: membro da Comissão Organizadora do 25º Aniversário do 25 de Abril.
3.3.
Militante do Partido Comunista Português desde Outubro de 1970;
Preso pela PIDE/DGS em 1961, 1962, 1963, 1964, 1965-66 e 1974;
Responsável pelo «Avante!», órgão central do PCP, de Abril de 1974 a Junho de 1995;
Membro do executivo da comissão organizadora da Festa do «Avante!» desde 1976;
Eleito membro do Comité Central nos IX (1979) a XVII (2004) Congressos do PCP;
1995-1997: deputado à Assembleia da República eleito pelo distrito de Setúbal;
1996: observador da Comunidade Europeia às primeiras eleições realizadas na Cisjordânia;
1997: candidato CDU à presidência da Câmara Municipal de Setúbal. Eleito vereador.
4. Bibliografia
· Além da produção profissional nas publicações referidas e outros órgãos de imprensa de diversa índole, trabalhos diversos na «Seara Nova», «Vértice», «História», «Gazeta», «Músika», actas do II Congresso de Jornalistas Portugueses, etc
· Prefácios, introduções e notas a diversas obras (livros e discos), nomeadamente «Nenhum Homem é Estrangeiro» (NORTH, Joseph, Edições «Avante!», 1984), «Carvalhesa», «Cinco Canções da Guerra Civil de Espanha» (Cadernos Vermelhos. Lisboa, 1999), etc.
· «Dossier Carlucci-CIA». Edições «Avante!». Lisboa, 1977
· «As Palavras das Cantigas». (org.) José Carlos Ary dos Santos. Edições «Avante!». Lisboa, 1985
· «As Músicas do Fado». Campo das Letras. Porto, 1994
· «Um Século de Fado». Ediclube. Lisboa, 1998
· «Histórias do Fado». Ediclube. Lisboa, 1998
· «Grândolas – A Revolução que Começou com Música»- Guilda da Música. Lisboa, 2004
5. Vários
5.1.
· Serviço militar de 1966 a 1971. Comissão de serviço em Angola, de 1969 a 1971.
· Condecorado em 1995 (Presidente da República/Dr. Mário Soares) com o grau de comendador da Ordem do Infante D. Henrique».
Nota
Impressiona a onda de empatia que Ruben de Carvalho concita. «Grande malha». «Estou tentada a votar nele». «O PC (assim mesmo) arrisca-se mas é a ganhar Lisboa sozinho». Tem-me vindo de tudo, das redacções... É cedo. Falta tanto trabalho, companheiro!!
‘JN’ sabe fazer melhor
Ontem, no JN, um título desproporcionado. «Câmara lança programa para repovoar o centro» de Lisboa. Li de manhã e nem liguei. Devia ser de uma cidade aí por esse país dentro. Mas depois, algures, lá pelo texto dentro, os olhos viram um «Lx», que me saltou logo à vista. E pensei: passa-se alguma coisa que me escapou. E li. Não precisei de ir muito longe para registar a desproporção até meio ridícula. Afinal, logo na entrada, o artigo colocava as coisas no seu lugar. Nem preciso de comentar. Basta transcrever: «Autarquia vai arrendar a preços sociais 41 fogos e duas lojas em bairros históricos».
Bolas. É com 41 casas que se repovoa Lisboa??
Que pena, JN.
‘Correio da Manhã’ difícil
Foi-me difícil perceber o título de ontem «Carmona sem oposição». Julgava que a CDU se tinha dissolvido sem eu dar conta. E depois a entrada também me induziu em erro: «O actual vice-presidente de Santana Lopes não levanta objecções na capital». Pensei: então os lisboetas todos gostam dele?
Afinal, o artigo era claro. O título e a entrada é que são baralhativos. Do que se tratava era apenas de fazer crer que dentro do PSD ninguém se opunha a que Carmona fosse nomeado para cabeça-de-lista. Um artigo claro, mas contendo informação errada. Carmona tem muitos opositores. Declarados. E vai ter mais. Digo eu. Investigar é preciso.
Por exemplo: alguns dos citados no texto seguinte. Não deixe de ler.
Knock, knock
Ainda está alguém na CML? Santana e Carmona evitam. Helena Lopes da Costa insiste: quer Santana. Dias Loureiro, presidente da Comissão Autárquica do PSD, interpreta mal comunicado da Presidência da CML. Quem o diz é… a Presidência da CML. Mas este é um assunto tipicamente partidário.
E, para lá disso: cada qual diz sua coisa. Afinal, quantos PSDs há?
E onde está Pedro Pinto, feroz nesta batalha, como se sabe?
Não há quem presida à implantação de uma placa de homenagem a Fernando Pessa num jardim que agora leva o seu nome. Coitado do Pessa. Foi lá Ana Sofia Bettencourt. Quem??
«E esta hein?»
Manuel Falcão pirou-se, depois de não sei quanto tempo na EGEAC a fazer não sei o quê.
Isabel foi-se.
Seabra foi-se.
Carmona… «de regresso às aulas» sem deixar o cargo na CML.
Mas ele é vice-presidente da CML. Não é vice-presidente da vila onde me criei (que hoje já é cidade). É de Lisboa.
Está tudo pirado?
Que salganhada.
Isto ainda é uma câmara??
«Foi o piquenino»
Agora mesmo, 10.40 de 21 de Abril, no bar em frente, a conversa (‘sic’):
- Paguece que o Magques Mendes já decidiu que segá o Santana. Mas ainda não tegá dito quem segá.
- Mas o Público diz que é de certeza o Carmona.
- Ok. ‘Pero aún no lo creo.
- Não. Não. Já está. É O Carmona.
- Foi o piquenino.
- Não percebem que vale mais uma palavra do Santana na televisão do que dez discursos do mosca-morta.
- Se queriam dar cabo do PSD, não podiam ter escolhido melhor. Um e o outro.
BCP
Fui informado ontem, com alguma segurança: Santana Lopes já tem futuro assegurado. É (será) no BCP. E pode ser antes do fim do mandato. Porque a partir de agora, só incomoda...
Registo
Ota?
O aeroporto, seu futuro e sua substituição – questões que Sócrates anunciará em Julho, juntamente com um chamado «plano global de infra-estruturas». Mais um plano. Desta vez é global. Ok.
As comunicações anunciadas com três meses de antecedência têm mais valor. Mais sabor. Mais encanto... Digo eu.