Abril
Valeu a pena, sim.
Ruben
Soma e segue. Os apoios e os «gostava de estar na Comissão de Apoiantes» chegam dos mais inesperados cantos. É bom. Há pessoal que vai ficar surpreendido com alguns nomes, de quadrantes políticos diversificados…
É mesmo bom.
Mas ninguém vai adormecer em cima disso. O trabalho político faz-se nos bairros, no porta-a-porta. Cara a cara. E nisso, quem melhor que o Ruben? Sessões dedicadas aos temas de fundo da Cidade, também: a cultura, os sítios lisboetas da tradição popular, o urbanismo, o desporto… e tal.
Tanto trabalho a fazer!
Santana
Eis então a minha tese simples (é apenas um encadeado de raciocínios que têm em conta elementos de conduta política, estratégica e táctica):
1. Santana e Carmona estão em rota de colisão ou até já a ultrapassaram.
2. Mas isso acontece só há três semanas. Antes disso, eram unha com carne. Por isso dói tanto aos santanistas a traição de que acusam Carmona.
3. O núcleo duro dos santanistas está furioso. Não fará campanha. Não perdoará. Feridos, só podem explodir. Quem são? São os santanistas de sempre, como Eduarda Napoleão e Pedro Pinto e os adquiridos, como Helena Lopes da Costa, ex-barrosista. Não podem perdoar a Marques Mendes nem a Carmona. Nem aos que desertaram. Nada pior do que um amigo ferido. E é o caso.
3. Daqui decorrem quatro ou cinco consequências que posso antever de um só relance imediato: 1ª - serão os próprios santanistas que se vão encarregar de deixar claro que Carmona não pode limpar os pés daquilo a que chamará os erros de Santana; 2ª serão os mesmos que hão-de recordar caso a caso os casos em que declaradamente mas também de forma tácita Carmona tem responsabilidades; 3ª - recordar-nos-ão que Carmona esteve sempre, sempre ao lado e muitas vezes à frente do chefe. Recordo que já ele era ministro… e quem é que veio dar a cara pelo túnel? Recordo que o próprio Santana disse em público, no que toca à negociação do Parque Mayer/Feira Popular que ele (Santana) teria dado aos particulares (mesmo assim, aos particulares) menos benesses (milhões de euros, leia-se). São só dois exemplos. Há muitos mais; 4ª consequência e não menos importante - serão ainda os próprios santanistas que vão ensinar a toda a gente o caminho das pedras pelo percurso de alguns dos eleitos do PS, quer na CML quer na Assembleia, nos apoios a Santana/Carmona – quer aqueles que se viram e todos conhecemos (exemplos mais desastrados: deixar passar os planos e orçamentos; deixar passar relatórios e contas; negociar activamente com e em vez deles, PSD, os negócios Parque Mayer/Feira Popular; ou, pior ainda, aprovar as celebérrimas alterações simplificadas que o Ministério Público já combate em Tribunal e que ainda hão-de fazer correr muita tinta, talvez mais do que esta de agora, a ilegalidade do Pingo Doce de Alcântara…
Se isto não acontecer, é melhor que o Sol pare ao meio-dia!