sábado, abril 02, 2005

Jornal das 17 / Dia 1 de Abril. Volto segunda-feira!

Cinema Europa
a Centro Cultural

Edito o apelo da Comissão: «AMANHÃ, SÁBADO, RECOLHA DE ASSINATURAS
Depois dum interregno em acções públicas devido às férias pascais, amanhã, sábado 2 de Abril, pelo bairro, nova campanha de recolha de assinaturas: ponto de encontro na entrada nascente do mercado de Campo de Ourique, pelas 10h00.
A nova reunião pública do executivo da Junta será a 7 de Abril (já na próxima semana, 5ª feira) e a futura reunião da Assembleia Municipal a 12, e nessa altura entregaremos todas as assinaturas recolhidas (neste momento, cerca de 1.500).
JUNTE-SE AO PROTESTO!»

Árvore de Carnaval e Páscoa

A árvore de Natal que permanece em Sete Rios destina-se a assegurar luzes em São Domingos de Benfica até à Páscoa do ano que vem.

Fado

As casas de fado estão danadas com a CML porque a Agenda Cultural (bem paginada) afasta clientes ao falar de preços demasiado altos.
Outro ataque à mesma vereadora do pelouro da Cultura chega dos Artistas Unidos que se acham enganados: estão no Teatro Taborda, perderam espectadores e não sabem quando podem voltar às antigas instalações. O Taborda é gerido pela EGEAC.
Furiosos com este pelouro estão os intelectuais do Centro Nacional de Cultura. Em causa, claro: a casa onde Garrett morreu. A CML acha que pode ser demolida e transformada em apartamentos. A única esperança, como leio no «Independente» de hoje, é agora a ministra da Cultura e, antes dela, o IPPAR.
A ver vamos, se Manuel Pinho, ministro de Sócrates, pode rentabilizar desta forma o seu investimento ou se vinga a perspectiva cultural…

Herança pesada em Lisboa

Há meio ano, em Setembro passado, escrevi e publiquei o seguinte:
«A herança é muito pesada e conhecida nos seus traços gerais: é preciso indemnizar os comerciantes da Feira Popular; é preciso resolver casos fortes pendentes que foram promessas de primeiro plano como o Túnel embargado, a reabilitação e revitalização da Baixa em compasso de espera, solução para o Parque Mayer, indemnização choruda a Frank Ghery, etc., etc..
Nesse quadro, não admira que em Lisboa já tenham começado as revogações, alterações, inflexões, mudanças de rumo, em muitas coisas que Santana Lopes tinha deixado ao deus-dará ou simplesmente em rota de tentativa e erro, uma das maiores e mais importantes características da sua governação da Cidade. Agora, vem o novel presidente, Carmona Rodrigues, e vai de mudar, inflectir, anular, ajustar…
Alguns exemplos deste período pós-férias são significativos. Alterações em despachos. Despachos revogados. Directivas internas corrigidas. Modos de agir alterados. Pessoal dirigente e assessores mudados, reajustados e «reformulados». Concursos anulados.
E que dizer do facto de as Festas da Cidade, que já são longas quando duram o mês de Junho inteiro, estarem ainda a decorrer, avançando a passos largos para os quatro (quatro) meses de duração? Isto é de loucos, sobretudo quando se sabe que o Município se endivida de forma galopante a cada dia que passa, sem obra que se veja, e ao mesmo tempo se continuam a esturrar centenas de milhares de euros nesta festança de mãos largas, com pouquíssima participação geral e nenhuma participação popular… Um regabofe, do tipo «la movida… olé». Mais uma dor de cabeça para Carmona Rodrigues.
Sinal forte de herança pesada foi sobretudo esta última decisão de encomendar a uma empresa por mais de 700 mil euros uma auditoria às contas da CML desde 2002. Dito de outro modo, é como se Carmona Rodrigues nos confessasse: ‘O que eu fizer, fui eu que fiz. Mas o que está para trás, não fui eu que fiz. Se houver bronca, cada um que assuma a sua parte’. E assim será.»