terça-feira, abril 05, 2005

Jornal das 17 / Dia 4 de Abril

EPUL

O presidente da junta da Pena não tem dúvidas: a EPUL não quer encontrar uma solução para o acesso à Calçada do Jogo da Pela, acesso que aquela empresa bloqueou há quase um mês. Tratar-se-á de um procedimento estranho da EPUL. O projecto para construção de habitação no «buraco» ali existente ainda nem sequer estará concluído. Leio isto no «T&Q». Daqui até lá, que fazem os moradores? Andam às voltas para chegar a casa.

‘Outdoors’

Mesmo na véspera do regresso de Santana Lopes à CML, o então presidente Carmona Rodrigues prometeu, numa de bom-senso, que ia mandar retirar a floresta de ‘outdoors’ que infestam a Cidade. Essa promessa caiu muito bem entre os atentos à degradação da Cidade. Mas, ao que se sabe, tudo acabará por ficar na mesma: «Nem uma agulha» buliu, até agora.
É pena. Muita pena.
A propósito: o «Semanário», que já me tem surpreendido com o seu nível de informação sobre as questões da direita, assegura também que o candidato do PSD à CML é Carmona Rodrigues.

Parada do Cemitério de Benfica

Uma vogal da junta de freguesia de Benfica coloca o dedo na ferida: a parada do cemitério de Benfica foi inaugurada pela CML no mandato anterior. Mas, como não é obra sua, esta maioria actual ignorou o local ostensivamente, e até se recusa a pelo menos fazer com a junta um protocolo de conservação da parada. Conclusão: os verdes estão secos, o local degradado. Uma vergonha. Ninguém trata do local, sublinha a autarca referida.

De acordo

Discutia-se na sessão pública da CML se o estudo urbanístico para 42 hectares na zona de Alcântara-Mar é legal, se tem pés para andar. PS e PCP na vereação contestam o estudo, uma figura que nem sequer estará previsto na lei (sei que não está). Fantástica (no sentido literal) foi a resposta imediata da vereadora que subscreve a proposta: «É legal, sim, porque nós não trabalhamos sem ser de acordo com a lei». Pronto. Então está bem. Tem de haver um tribunal a decidir.

Registo

1. Nasceu o nº 6 da revista «Alentejo», da Casa do Alentejo. A revista é bimestral, e este número refere-se aos meses de Março e Abril deste ano.
2. Rui Gomes da Silva, cada vez em melhor forma, em entrevista ao ‘Independente’: (…) «O governo de que fiz parte teve dos melhores ministros de todos os governos desde o 25 de Abril». «Porquê?». «Não me avalio em público». (…) «O caso Henrique Chaves foi determinante (na queda do governo Santana)?». «Quem? Não me lembro desse nome. Esse nome não me diz nada». RGS no seu melhor: inultrapassável…
3. Confesso que li o artigo de Santana Lopes logo de manhã, no «Expresso» (sábado, claro), e que da leitura não retirei a conclusão que ouvi às 13 no noticiário do RCP. Fernando Santos tinha concluído, e fez disso notícia: este artigo volta a colocar Santana Lopes na calha, em direcção a Belém. Em conversa imediata com ele, e discutida a interpretação, não fiquei convencido. Lembrei-me logo da sondagem do «DN» de há três dias: Santana, 2% para as presidenciais. Ninguém é tão «assim».
Já agora recordo: nessa mesma sondagem, eram os seguintes os outros números: Cavaco Silva com 45%; Vitorino com 15; Marcelo com 12; Guterres com 10; Freitas com 3%.
Mas nunca esqueço o que escreveu há pouco tempo o inimitável Luís Delgado sobre Santana: «Ele não ‘morreu’ politicamente. (…) Eu sei que Pedro Santana Lopes regressará, quando o tempo disser».
Falou e disse, como dizem os brasileiros! Será que se meteu na cabeça de alguém que já chegou o tempo?
4. Emprego. Suplemento de sábado do «DN». O título: «Optimismo moderado». O gráfico compara o 1º trimestre de 2004 com o deste ano. Número de ofertas de emprego:
Janeiro: 2004/um pouco mais de 1450; 2005/perto de 1500.
Fevereiro: 2004/pouco mais de 1 000; 2005/perto de 1450.
Março: 2004/1 500; 2005/cerca de 1 150 (decréscimo em relação a Março de 2004). Não se vê pois de onde vem esse tal optimismo do título.