quarta-feira, abril 04, 2007

Lisboa, EPUL: as vozes e os silêncios




Comunicação social e silêncio sobre a posição do PCP

Tenho que ser justo: tenho que ser duro. Isto assim não pode ser. Isto assim está feio. Muito feio. O que é feito da Nota do PCP sobre a administração da EPUL? Não chegou às redacções? Logo a todas? Nos dias anteriores, outros documentos enviados pelas mesmas vias chegaram e foram comentados.
Estou perante um global black-out? Não quero crer!
São questões objectivas como o ter chegado tarde às redacções? Comentar às 18 e pouco uma notícia que aconteceu às 16 e tal e aparece na comunicação social pela primeira vez às 17 e 30 é retardado? Não me parece!
São questões objectivas como «Ah, a notícia já estava fechada, quem a fez já se foi embora» e tal? Então os editores, que ficam até ao fecho, não têm o dever de reabrir quando um partido, o terceiro em votação, envia uma Nota sobre o assunto do dia em Lisboa?
Mesmo que não haja Nota, todas as redacções têm os contactos todos. Não tinham os editores e jornalistas o dever de telefonar? Acho que tinham. Honestamente, tinham.

Tem havido noutras alturas quem me diga: «Ah, é por serem vocês (os comunistas, claro)».
Nisto, então, nem quero acreditar mesmo.
Mas se algum dia acreditar, garanto que ninguém vai deixar de ser comunista por isso.
Eu, por mim, já o escrevi: prefiro continuar comunista e desenvolver os meios de o Partido chegar às pessoas do que vender-me ou dar a alguém a ideia de que estarei à venda, mais cedo ou mais tarde.
Isso, garanto.

Assim, não.
Algo tem que mudar, francamente.

Lamento e condeno que, ao todo, apenas duas referências «salvem» a situação.

Ana Henriques, 'Público': «Os comunistas falam em violação da lei pelo facto de continuar a acumular a nova função com a de presidente da junta e, por inerência, de deputado. O dirigente Carlos Chaparro refere-se à situação como sendo de "completa imoralidade" e espera que o caso não venha a revelar-se "ainda mais grave do que o negócio de "tachos" que é"».

Segundo Susana Leitão, ‘DN’, «os comunistas acusam o PS de se estar a "comprometer novamente com a desastrosa situação" da EPUL. "Tinham-se comprometido a não assumir qualquer compromisso - e em especial relativamente à EPUL - numa altura em que a empresa está sob investigação", dizem».




Pelo menos você, leitor, não deixe de ler a Nota do PCP. Está aqui. Inteirinha, pois claro, como sempre.

1 comentário:

Anónimo disse...

para aqueles que dizem que todos os partidos são iguais, vejam (mais uma vez) as diferenças.
uma saudação á postura digna dos dois vereadores do ps nuno gaioso e isabel seabra, provavelmente contra a nomenclatura do partido (atitude também omitida. segundo julgo, pela c.s.).