domingo, outubro 15, 2006



Em Lisboa também?
Dar o dito por não dito


Dar o dito por não dito é uma técnica arrevesada de comunicação. Casos célebres destas últimas semanas: o Papa que primeiro disse o que disse e citou um tipo do séc. XIV e depois andou semanas atrás dos dirigentes religiosos árabes moderados – que ontem acabaram por perdoar-lhe, parece; e, anteontem, Manuel Pinho que disse que a crise acabara totalmente (ver aí em baixo) e ontem acabou a dizer que isso era infantil…
Hoje, abro o ‘DN' e leio que Suzana Leitão concluiu, das declarações de Carmona Rodrigues publicadas ontem no 'Expresso' (que comentei aí em baixo) que o edil apoia o Plano de Revitalização da Baixa de Lisboa sem rebuço. Parece-me ler isso. Ora só o facto de alguém sentir necessidade de manifestar apoio a um projecto que vem da "sua" bancada já é merecedor de análise. Mas se aparece hoje titulado como «apoiante» e ontem titulado como «distanciado», o que havemos de concluir nós, simples mortais?
Foto: DN
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