terça-feira, outubro 03, 2006



Futura Revitalização da Baixa de Lisboa

Hoje, os jornais fazem-se eco em parangonas: «Uma nova ‘cidade’ vai nascer em Lisboa. Com zonas livres de trânsito, muito comércio, turismo, alta finança e áreas de serviços e lazer».
É o tal Plano de Revitalização. Custa uma nova Expo. São mais de mil milhões de euros: «O custo total da operação de revitalização foi estimado em 1145 milhões de euros», de acordo com o ‘Público’.
«Segundo o documento ontem apresentado, cerca de metade do investimento (682 milhões de euros) caberá aos privados; a administração central - que deterá o controlo maioritário da operação de revitalização - entrará com 137 milhões de euros; e a camarária, com 224», escreve
João Pedro Henriques no ‘DN’, por exemplo. Pergunta-se: que privados? A banca? Só se for, presume-se.
«Endividamento é o caminho a seguir, dizem os comissários». Assim titula Ana Henriques, no mesmo texto inserido na edição impressa de hoje do ‘Público’. E ainda,
noutro ponto da mesma edição: «Proprietários terão de passar a pagar imposto municipal de imóveis», que em artigo autónomo ainda explicita: «Remodelação da Baixa colocada nas mãos do Governo».
Um plano ambicioso: sem dúvida. Megalómano? Irrealista? Chuta para o lado? Tudo bem. Mas onde está o Eldorado (El Dorado?), o ouro do Brasil, o Senhor Dom João V, na Sua Magnificência, andou a espatifá-lo em Palácios e Picadeiros, como vi este fim-de-semana em Alpedrinha, por exemplo...

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