Lisboa / Alcântara
Que grande trinta e um!!
«Alcântara XXI. Ao ler o anúncio parece que chegámos ao futuro, mas este é um estranho filme em que a ficção fica aquém da realidade.
É evidente que Alcântara está uma esterqueira e tem de se fazer lá qualquer coisa, mas isso não significa fazer uma coisa qualquer
Até certa altura o projecto para Alcântara constituía uma fabulosa oportunidade de gerar ali um urbanismo inteligente e moderno, equilibrado e virado para os lisboetas. É lá que começa a linha das colinas da capital. Por isso o sistema de vistas ali é essencial à identidade da cidade e este é um dado que se ainda não se viu revogado em Lisboa, estando, aliás, fortemente consagrado no PDM. Depois, tratando-se da capital e dadas as experiências recentes do Parque das Nações - boas e más - esperavam-se também algumas lições aprendidas.
Temos, afinal, uma bela trapalhada. Avançaram-se expectativas mirabolantes; criaram-se direitos adquiridos sabe-se lá quantos e a indemnizar a que preços.
E quando os estudos técnicos vierem mostrar o preço das infra-estruturas a pagar com dinheiro público, portanto por todos nós, espera-se o quê? Que o Estado vá enterrar no nó de Alcântara o dinheiro que não tem, para amparar os projectos prematuros a que a CML deu campo no Alcântara XXI? Certo é já estar criado ali um verdadeiro Alcântara 31...»
Luísa Schmidt in «Única», Expresso de sábado passado
Foto: ‘Expresso’
Que grande trinta e um!!
«Alcântara XXI. Ao ler o anúncio parece que chegámos ao futuro, mas este é um estranho filme em que a ficção fica aquém da realidade.
É evidente que Alcântara está uma esterqueira e tem de se fazer lá qualquer coisa, mas isso não significa fazer uma coisa qualquer
Até certa altura o projecto para Alcântara constituía uma fabulosa oportunidade de gerar ali um urbanismo inteligente e moderno, equilibrado e virado para os lisboetas. É lá que começa a linha das colinas da capital. Por isso o sistema de vistas ali é essencial à identidade da cidade e este é um dado que se ainda não se viu revogado em Lisboa, estando, aliás, fortemente consagrado no PDM. Depois, tratando-se da capital e dadas as experiências recentes do Parque das Nações - boas e más - esperavam-se também algumas lições aprendidas.
Temos, afinal, uma bela trapalhada. Avançaram-se expectativas mirabolantes; criaram-se direitos adquiridos sabe-se lá quantos e a indemnizar a que preços.
E quando os estudos técnicos vierem mostrar o preço das infra-estruturas a pagar com dinheiro público, portanto por todos nós, espera-se o quê? Que o Estado vá enterrar no nó de Alcântara o dinheiro que não tem, para amparar os projectos prematuros a que a CML deu campo no Alcântara XXI? Certo é já estar criado ali um verdadeiro Alcântara 31...»
Luísa Schmidt in «Única», Expresso de sábado passado
Foto: ‘Expresso’
Nota: Lamento, mas só hoje tive acesso a este artigo na «Única» on line... Já cá devia estar desde sábado. Mas, para quem ainda não tinha dado por esta pérola, aconselho uma saltada ao link que lhe coloco aí.
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