quarta-feira, novembro 22, 2006

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AM de Lisboa, ontem
Mais uns pormenorzitos

Ontem, após a votação que dividiu o PSD na AML, «tanto Pedro Portugal como Vítor Gonçalves, que assinaram a declaração de voto, afirmaram ter-se tratado de um "problema processual". Vítor Gonçalves chegou mesmo a garantir que quando assinou o documento pensou que se tratava de decidir sobre a forma de votação. "O voto secreto teria mais força", adiantou. Foi Henrique de Freitas que acabou por tirar as dúvidas em relação à tomada de posição dos 20 deputados. "Se pudéssemos expressar livremente a nossa opinião teríamos votado de forma diferente" confessou, acrescentando "Gostaria de ter vivido o último ano do mandato de Carmona Rodrigues de outra forma e de ter visto a Assembleia e a sua presidente serem mais afirmativos quanto ao apoio que o presidente da Câmara merece".
Rodrigo Neiva Lopes, vogal da distrital do PSD de Lisboa, riscou o nome da lista de subscritores porque não reparou que estava escrita a frase "disciplina partidária". "Como membro da distrital tenho lealdade institucional a Paula Teixeira da Cruz" disse.»
Ana Fonseca in ‘Jornal de Notícias de hoje’
Numa foto, de Bruno Simões Castanheira (‘JN’), MJNP, visivelmente agastada, parece dizer a CR: «Veja lá o que me faz…».

O comentário de PTC

José António Cerejo falou com PTC. Escreve ele no ‘Público' de hoje, sobre o mesmo tema: «"Fenómenos alheios à assembleia" / "Não estranho essa declaração de voto porque não me passou despercebido que há [subjacente a ela] outros fenómenos a que esta assembleia é alheia." Foi com estas palavras um tanto enigmáticas que Paula Teixeira da Cruz respondeu a uma pergunta do PÚBLICO sobre a declaração de voto dos deputados municipais sociais-democratas que dizem ter votado "por disciplina partidária" a favor da moção de solidariedade com a presidente da assembleia municipal. Solicitada a esclarecer que "fenómenos" alheios à assembleia são esses, a também líder da distrital de Lisboa do PSD limitou-se a afirmar: "Este não é o momento para dar os detalhes." Paula Teixeira da Cruz recusou-se, porém, a ver na polémica declaração de voto um qualquer distanciamento de uma parte significativa da sua bancada em relação à sua pessoa e à sua actuação como presidente da assembleia. Numa reunião realizada anteontem, assegurou, citando a informação que lhe foi prestada pelo líder da bancada, foi reafirmado o apoio consensual dos deputados, que já lhe tinha sido manifestado num outro encontro efectuado no dia 13.»

O que parece estar em causa

Susana Leitão descobriu os fios que estão por detrás deste palco: a liderança do PSD está em causa e a corrida à Câmara de Lisboa já está na agenda política de muita gente. Escreve ela no ‘Diário de Notícias de hoje: assinam a célebre declaração de votos «deputados da Secção B do PSD, liderada por António Prôa, vereador dos Espaços Verdes na Câmara de Lisboa, e da Secção I, liderada por Helena Lopes da Costa.» Todos liderados por «Henrique Freitas, número dois na secção liderada por Helena Lopes da Costa, vereadora da Habitação no tempo de Santana Lopes (…)». E ainda: «Fontes do PSD contactadas pelo DN explicaram que tudo o que se passou na AML é fruto de uma reorganização partidária. O objectivo é a corrida à autarquia lisboeta e a construção de uma oposição interna à liderança de Marques Mendes.»

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2 comentários:

Anónimo disse...

Em face do que se lê e ouve nos mais diversos suportes sobre os órgãos municipais, só me resta concluir que enquanto os eleitos se distraiem num eterno jogo de xadrez político a Cidade degrada-se e os Lisboetas esperam. O grave é que não parece existirem alternativas (mas há!). A maioria dos "políticos", independentemente da côr que veste, parece ter esquecido a razão da sua exitência, vive debruçada sobre o seu próprio umbigo e não tem ideias, não promove quaisquer políticas que tenham como objecto o desenvolvimento da Cidade. Meio mandato foi consumido e nada, além de jogos políticos tendo em vista voos mais altos... Para muitos, muitos mesmo, a Câmara Municipal é um mero trampolim! Parece-me que é tempo de os lisboetas e todos os outros que partilham a Cidade dizerem BASTA! É esta a alternativa. Parem de roer o desconforto pelos cafés e transportes públicos, como se não existisse outro fado. É tempo de exigir mais, quanto mais não seja porque também se exige mais do cidadão (esta é só para convencer os indolentes). É tempo de exigir mais pelo que pagamos!

José Carlos Mendes disse...

Bem visto.

Este corvo anda a piar bem (é «piar» que se diz dos corvos? ou é «grasnar»? Mas os humanos dizem «grasnar» sempre com um sentido meio complicado...).

Um abraço e um
:)
ou mesmo dois
:)