Os ícones da minha terra
Convém, nesta altura, explicar o que entendo por «ícones». São os seres que me marcaram, vivos ou não, mas todos com muita «vida» dentro de mim, com grande significado (não só para mim: para toda a aldeia).
Exemplos: a camioneta da carreira, de que já falei atrás; a torre da igreja; o ninho das cegonhas e a vinda e a partida delas; a Serra da Opa; o Forno… etc.
Repararam? O «Forno» merece letra maiúscula: era uma instituição. Hoje, vejam lá, é um estábulo de ovelhas – disseram-me nestas férias. Coisa horrível para o «Forno» e para a memória dele. Sinal de que tudo mudou mesmo. O «Forno» era quase chão sagrado. Respeitinho pelo pão. Quase um respeito religioso.
Cresci assim. No meio de mitos seres (as coisas têm vida lá por aquelas bandas, naqueles anos): seres, «dizia» eu, ideologicamente fortes, com uma dose grande de ideias dentro, com força no nosso espírito. Com muito peso. Com muito conteúdo. Há seres destes que são quase poemas heróicos. Por exemplo: o barroco riscado, com as histórias e lendas de feiticeiras mouriscas a cozinhar naqueles buracos redondos e pouco fundos, lá no alto da Serra da Vila. Ou a Ribeira, sempre a correr mas sempre incerta: indo da enchente à seca quase em fio. Ou a oliveira, a azeitona e o azeite. Sobretudo o azeite. Mais sagrado não há. Agora, um ser vivo: as cegonhas, no seu eterno vai-vém, hoje retomado aos poucos por obra de uns tantos outros seres vivos chamados homens…
1 comentário:
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