sábado, fevereiro 24, 2007



Lisboa
“PCP reclama ao PSD eleições intercalares”

Lusa, transcrita hoje ao fim da tarde no ‘DD’: “O PCP/Lisboa defendeu hoje que o PSD deverá «retirar as ilações políticas» da crise na câmara e avançar para a realização de eleições intercalares, e avisou que «será difícil» haver entendimento para eventual coligação de esquerda.
A posição do PCP foi manifestada à Lusa pelo responsável da direcção da Organização Regional de Lisboa, Carlos Chaparro.
Caso o PSD tome essa decisão, o PCP não exclui o cenário de uma coligação à esquerda para concorrer à câmara municipal, mas avisa que «em termos de coerência política será muito difícil haver esse acordo», afirmou o dirigente comunista.
«O PSD deveria tirar as ilações políticas e tomar a iniciativa de avançar para eleições. A outra forma de provocar eleições não é possível», afirmou, referindo-se à possibilidade legal de «a oposição em peso, efectivos e suplentes» renunciarem aos mandatos para provocar eleições.
«Haver eleições agora na câmara está longe de ser a solução melhor, mas pode ser a única solução para o problema que está criado em Lisboa, mas é ao PSD que cabe essa decisão», disse.
Sobre a possibilidade de se constituir uma coligação à esquerda para concorrer à Câmara, Carlos Chaparro considerou que «será muito difícil que aconteça», embora não exclua discutir o assunto se ele vier a ser colocado.
«Não recusamos falar com ninguém mas é uma possibilidade muito difícil. Tem que haver coerência política. O PS na câmara votou ao lado do PSD muitas decisões lesivas para o interesse da cidade», frisou.
«Não temos uma visão instrumental das coligações. O problema não é a discussão dos lugares, é de políticas», acrescentou.
Para Carlos Chaparro, a haver discussões nesse sentido, «não poderá ser em torno de lugares nem de táctica eleitoral mas sim de políticas» e a avaliação que o PCP faz tanto das políticas nacionais do Governo PS como do programa do PS para a câmara é negativa.
Carlos Chaparro responsabilizou o PS pelo falhanço da reedição do acordo PS/PCP para a câmara de Lisboa nas autárquicas de 2005.
«Foi de nós que partiu a iniciativa de conversar com o PS, mas eles foram para as reuniões com a ideia de que ganhariam a câmara sozinhos, numa posição arrogante. Já nessa altura tínhamos colocado como condição para haver acordo a reavaliação de alguns processos, entre os quais a permuta do Parque Mayer», sublinhou.
A crise na Câmara Municipal de Lisboa irá ser discutida sábado num Encontro de Quadros do PCP nas Autarquias do concelho, na sede do PCP/Lisboa.”

1 comentário:

Anónimo disse...

Teremos, portanto comités de buscas organizadas dentro da CML?

Há algum quadro do PCP em que eu possa confiar neste momento?

Como dizia o outro, deixar decisões de crise militares nas mãos só de militares é um suícidio. Ou extendendo outra: a guerra é demasiado séria para serem os políticos e os militares a tratarem do assunto...