quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Vasco Graça Moura e as investigações à Câmara de Lisboa


O que é que ele sabe que a gente não sabe?

Os princípios do Direito dizem-no clarinho: até sentença transitada em julgado, todos se presumem inocentes. Mas isto só quer dizer isso: presunção de inocência. Não quer dizer mais nada. Não quer dizer que os processos ficam em águas de bacalhau ou que serão arquivados – como também por aí se diz. E não estou a falar de desejos. Estou a falar de princípios. Ora, o que será que Vasco Graça Moura saberá para poder escrever hoje, no ‘DN’ o que segue?
Escreveu ele: «Tanto quanto pode antecipar-se do que veio a lume na comunicação social, os factos imputados aos dois vereadores que se encontram na situação de arguidos e suspenderam funções levarão a que as averiguações correspondentes, no tocante à idoneidade deles para fazerem parte da vereação, fiquem em águas de bacalhau.»
«Em águas de bacalhau»? VGM está a depreciar ou a desdenhar da validade das suspeitas – seguramente sérias do MP. Ou então sabe mais do que aquilo que a gente sabe. Mas então que o diga…
Não será isto verdade?

Sem comentários: