Lisboa
I
As notícias são simples
1. Fontão suspende por 3 meses.
2. Marina é vice-presidente.
3. 5ª-feira há sessão oficial da CML para voltar ao tema.
Muita parra e pouca uva...
II
Isolamento
Aí em baixo, nos comentários a um post, alguém que só pode ser do BE escreveu: «Aceitam-se apostas: O PCP vai ser o último dos Partidos da oposição a exigir eleições intercalares?»
Até parece que toda a gente estava ali de punho no ar a gritar: «Eleições, já!»
Isto é uma patada de pés no ar.
Respondi-lhe assim:
Por uma vez repondo a esta aleivosia: cheguei agora da CML. Penso que não haverá ninguém mais informado do que eu. Tanto, sim. Mais, não. Tenho estado sempre um tanto à frente de muitos - e até de muitas redacções, digo-o sem vaidade. Todos os jornalistas que fazem Câmara o sabem. E o meu telefone também.
Pois bem.
Posso garantir que só vi (e julgo que o País só viu) um partido pedir eleições «tout court»: o Bloco.
De resto, mais ninguém: nem Dias Baptista (PS), nem Nuno Gaioso Ribeiro (PS), nem Ruben de Carvalho (PCP) - e por acaso, até nem Maria José Nogueira Pinto (CDS) - ninguém destes pediu eleições depois da reunião.
Mas também ninguém as recusa, atenção.
Todos eles dizem e com razão que é ao PSD que compete a solução. E se a solução for eleições, ok.
Quem é que aqui está então isolado?
(Isto é verdade neste momento. Daqui a uma horas, não garanto. E não me venham com a entrevista de Miguel Coelho, PS, à TVI. Vejam a entrevista seguinte, a Mário Crespo, na SIC Notícias e vejam se não tenho razão).
Aí em baixo, nos comentários a um post, alguém que só pode ser do BE escreveu: «Aceitam-se apostas: O PCP vai ser o último dos Partidos da oposição a exigir eleições intercalares?»
Até parece que toda a gente estava ali de punho no ar a gritar: «Eleições, já!»
Isto é uma patada de pés no ar.
Respondi-lhe assim:
Por uma vez repondo a esta aleivosia: cheguei agora da CML. Penso que não haverá ninguém mais informado do que eu. Tanto, sim. Mais, não. Tenho estado sempre um tanto à frente de muitos - e até de muitas redacções, digo-o sem vaidade. Todos os jornalistas que fazem Câmara o sabem. E o meu telefone também.
Pois bem.
Posso garantir que só vi (e julgo que o País só viu) um partido pedir eleições «tout court»: o Bloco.
De resto, mais ninguém: nem Dias Baptista (PS), nem Nuno Gaioso Ribeiro (PS), nem Ruben de Carvalho (PCP) - e por acaso, até nem Maria José Nogueira Pinto (CDS) - ninguém destes pediu eleições depois da reunião.
Mas também ninguém as recusa, atenção.
Todos eles dizem e com razão que é ao PSD que compete a solução. E se a solução for eleições, ok.
Quem é que aqui está então isolado?
(Isto é verdade neste momento. Daqui a uma horas, não garanto. E não me venham com a entrevista de Miguel Coelho, PS, à TVI. Vejam a entrevista seguinte, a Mário Crespo, na SIC Notícias e vejam se não tenho razão).
III
Jerónimo de Sousa
No Primeiro de Janeiro, há bocado: «Jerónimo de Sousa, no Porto, lembrou que “ainda é cedo para se falar em eleições”, mas admitiu que o PCP tem um projecto alternativo. Em relação a uma possível coligação à esquerda, o secretário-geral comunista recordou que “essa hipótese ainda não foi colocada em cima da mesa”. Contudo, o líder do PCP avançou que “o PS também devia fazer uma acto de contrição muitos problemas que a Câmara de Lisboa está a atravessar, como o caso da Braga Parques, teve o voto a favor do PS”.»
No Primeiro de Janeiro, há bocado: «Jerónimo de Sousa, no Porto, lembrou que “ainda é cedo para se falar em eleições”, mas admitiu que o PCP tem um projecto alternativo. Em relação a uma possível coligação à esquerda, o secretário-geral comunista recordou que “essa hipótese ainda não foi colocada em cima da mesa”. Contudo, o líder do PCP avançou que “o PS também devia fazer uma acto de contrição muitos problemas que a Câmara de Lisboa está a atravessar, como o caso da Braga Parques, teve o voto a favor do PS”.»
IV
Ruben
No Sol: «Ruben de Carvalho tirou conclusão idêntica (à do PS). «É uma solução que agrava uma situação de crise grave», sobretudo, «porque se confirmou que o presidente da câmara sabia que Fontão era arguido e manteve toda a vereação na ignorância».
V
No Sol: «Ruben de Carvalho tirou conclusão idêntica (à do PS). «É uma solução que agrava uma situação de crise grave», sobretudo, «porque se confirmou que o presidente da câmara sabia que Fontão era arguido e manteve toda a vereação na ignorância».
V
Carlos Chaparro
No Expresso on line: «Carlos Chaparro, dirigente do PCP responsável pela DORL considera que na eventual marcação de eleições intercalares “é muito pouco provável que se perspectivem coligações à esquerda”. O dirigente comunista considera que o PS não está isento de culpas na crise da autarquia: “O processo do Vale de Santo António, por exemplo, só não foi travado porque dois vereadores do PS votaram ao lado da actual maioria”. Ora, referiu Carlos Chaparro ao Expresso, “é evidente a responsabilidades do PS nesta gestão da câmara e não faz sentido assumirmos o ónus político de actos que não sancionamos, nem estamos disposto a contribuir para mudar o elenco camarário para manter tudo na mesma”. O PCP não resiste a eleições intercalares mas vê com alguma reserva o recurso a eleições sem alteração do ciclo eleitoral e mantendo-se a actual configuração da Assembleia Municipal.»
No Expresso on line: «Carlos Chaparro, dirigente do PCP responsável pela DORL considera que na eventual marcação de eleições intercalares “é muito pouco provável que se perspectivem coligações à esquerda”. O dirigente comunista considera que o PS não está isento de culpas na crise da autarquia: “O processo do Vale de Santo António, por exemplo, só não foi travado porque dois vereadores do PS votaram ao lado da actual maioria”. Ora, referiu Carlos Chaparro ao Expresso, “é evidente a responsabilidades do PS nesta gestão da câmara e não faz sentido assumirmos o ónus político de actos que não sancionamos, nem estamos disposto a contribuir para mudar o elenco camarário para manter tudo na mesma”. O PCP não resiste a eleições intercalares mas vê com alguma reserva o recurso a eleições sem alteração do ciclo eleitoral e mantendo-se a actual configuração da Assembleia Municipal.»
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9 comentários:
Ok, o PCP é o maior porque não pede eleições!!!
Nem pede eleições, nem retira a confiança política a Carmona, nem protesta pela mentira de Fontão, nem pede a "cabeça de ninguém"...
PC = os ponderados, moderadas, sérios,conscientes.
Ou por outra, o partido da inacção e da confusão.
Basta ouvir a declarações de Ruben de Carvalho de hoje para se perceber: não se percebe nada do que o PCP quer...Ou será que sim?
E talvez seja este mais um de alguém do Bloco, ou talvez não.
Expliquem-se lá.
Não percebo esta polémica. È lógico que só o bloco não tem nada a perder com eleições antes pelo contrário.
Senão vejamos:
Nas ultimas eleições o Bloco esteve a poucos votos de tirar o Vereador ao CDS. Neste momento com a visibilidade do trabalho de Maria José Nogueira Pinto o Vereador do CDS não estará em perigo como o bloco vais subir os cerca de 500 votos que precisou para o segundo vereador poderá ir tirá-lo ao PCP.
Por outro lado uma coligação seria improvável como é que um partido na Câmara se une ao partido que combate no Governo. Não pode haver uma atitude para o PS no governo e outra para o PS na Câmara
Quanto ao PS também não quer eleições porque não tem possibilidade de as ganhar sózinho . Daí a conclusão é lógica só ao Bloco interessam eleições. Mas esta discussão é filosófica porque não vai haver eleições.Quem quer uma Câmara falida, com Assembleia Mun do PSD, com processos em averiguação e tanta suspeição publica ?
Caro José Carlos: responda com franqueza...o Administrador da EPUL que é arguido e do PS (Dr. Arnaldo João) irá receber indicações do seu próprio partido para que faça aquilo que exigiram ao Dr. Fontão de Carvalho? Suspeitando que não esteja na posse de dados para me acudir a esta primeira dúvida coloco-lhe outra...E o PC (e o BE)estão calados sobre este assunto só para poupar munições para a campanha eleitoral? E nós, simples munícipes, continuamos a ser os fantoches destas encenações???
"É o realismo polítco, estúpido"
(perdoem-me o abuso de linguagem e a adaptação do mote)
PS Já estamos a concluir a fase da farsa, vamos entrar na da tragédia. Espero que ao menos seja "à grega", para se acabar com arte e em beleza!
Esse tipo de discurso, o dos anónimos das 2:22 e das 1:55, conheço-os desde 68, na Faculdade de Direito de Lisboa (respeitem a minha idade...), continuei a vê-lo pela vida fora: em Cabinda, fardado, em Lisboa, Oeiras e Amadora, entre Outubro de 74 e o 25 de Novembro.
Depois, nas lutas fortes da Amadora, sobretudo entre 1079 e 1997.
agora em Lisboa, desde 1998, mas sobretudo neste mandato.
Como se vê, não há falta de conhecimento nem de pachorra da minha parte.
Não.
Sempre vi neste discurso uma só e mesma coisa: a atracção do abismo, do quanto pior melhor - desde que nada lhes falte a eles, claro. É que a medida do cérebro é a exacta medida da barriga, do ego, da bela vida.
Os outros, que se lixem.
NOTA
NA FASE «MUNICÍPIO DE ABRIL» (Amadora, 79-97) esta questão foi particularmente agida e sentida por mim: doía-me a alma assistir à destruição palavrosa dos programas de requalificação da Cidade que estavam em início.
AQUI, EM LISBOA, QUANTO A MIM, A ÂNSIA POR ELEIÇÕES TERÁ MAIS A VER, DA PARTE DE MUITOS, COM A NECESSIDADE DE CONSOLIDAR POSIÇÕES ESTRATEGICAMENTE CONSTRUÍDAS AGORA.
NÃO TEM A VER, DE CERTEZA ABSOLUTA, COM A CONSIDERAÇÃO SOBRE O QUE ADVIRÁ DEPOIS E SE ISSO SERÁ MELHOR PARA A CIDADE - julgo que é o que Ruben quer dizer, na sua linguagem de fortíssimo rigor, quando ontem disse claramente: «Eleições até poderão resolver esta actual questão política. Mas duvido que no quadro actual garantam uma mudança de política - que é o que a Cidade deLisboa precisa».
Se isto não é claro, é só porque as cabeças não chegam lá... por estarem ocupadas com a barriga e com o ego...
Amadora: 1979-1997 - claro (sou velhote, mas não tanto, bolas!).
eleiçoes sim mas sem coligaçoes com o ps,ditaduras já basta o ps que temos no governo.
O Carmona devia forçar eleições e candidatar-se com "independentes" contra os outros partidos. Os resultados seriam divertidos, especialmente para PS e PSD...
nota-se algum nervosismo e ansiedade naqueles que pedem eleições já. medo que se descubram cumplicidades no mandato anterior?
deixem-se apurar responsabilidades e será fácil saber quem é a verdadeira oposição e quais os partidos "da situação".
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