Corrupção (por vezes) nem sequer é investigada!
"É crescente o clamor público suscitado pela reconhecida gravidade que o fenómeno corrupção assume em Portugal, bem como pela clara insuficiência de resultado no seu combate"
João Cravinho
in «Diário de Notícias», 24/7/06
«Entre 2002 e 2005, a PJ iniciou 6976 investigações por crimes económico-financeiros, dos quais 1251 relacionados com casos de corrupção. Sem surpresas verificou-se que na maioria dos dossiês constam autarquias. Forças de segurança, entidades relacionadas com o sector rodoviário e administração central também concentram preocupantes focos de corrupção. Uma das medidas recomendadas pelo Conselho da Europa de combate a este fenómeno - que ainda não é tida em conta - é a obrigatoriedade de um período de luto entre o exercício de cargos públicos e a passagem a cargos no privado, com interesses incompatíveis - como, por exemplo, o antigo funcionário do Estado que vai exercer consultoria em empresas que ele próprio tenha beneficiado.»
Nuno Saraiva
In «Expresso» ‘on line’, 1/8/06
... Mas, pelo que deduzo de tudo o que se lê, o maior problema nem são aqueles casos que, sendo investigados, nunca chegam a conclusão. Não. O pior é que, na sua maioria esmagadora, os casos denunciados ou «sub-conhecidos» em público nunca são investigados sequer.
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