Idosas de aldeia artilhadas de telemóvel
Nestes dias de férias, como sabem os que seguem o blog - cada qual em busca de sua coisa -, tenho referenciado várias historietas da minha aldeola (alcandorada no planalto que dfine os primeiros «alguidares» da Cova da Beira.
E tem sido com muito prazerque revisito e revejo essas personagens que fizeram os encantos da minha meninice e definiram os primeiros tons do meu fanatasiado mundo interior.
É um prazer.
A ingenuidade, melhor, aquilo que, visto daqui hoje nos pode parecer ingenuidade popular, campeava e dava estes tons de piada a muitas situações de total simplicidade.
Pois bem.
Quem diria que nesta mesma aldeola, hoje, volvidos 50 ou 60 anos, o cenário que me é descrito era possível.
As mesmas pessoas, que são os actores das minhas historietas, são hoje portadoras de... telemóvel no bolso. E então, eis o cenário que me descrevem: três ou quatro velhotas, cada qual com seu telemóvel para estarem sempre contactáveis pelos filhos e netos... e eis que, a uma hora determinada, desatam a tocar os aparelhos... e é ver as velhotas, cada qual concentrada na sua conversa com os seus... a falar, a falar, a falar - como acontece com qualquer grupo de adolescentes numa qualquer esplanada de uma qualquer cidade desse país...
Quem diria que aqui chegaríamos!
Interessante - e verdadeiramente surpreendente...
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