Experiência: uma segunda edição diária
do lisboalisboa às 17 horas
Por sugestão de alguns visitantes deste ‘blog’, aceito a desafio e vou fazer uma experiência: a começar já hoje, haverá duas edições do nosso «jornal»: uma às 11, mais desenvolvida, e outra às 17 horas, mais condensada. Por exemplo, hoje à tarde, para lá do noticiário entretanto recolhido, vai já ser inserido o Projecto de Resolução de «Os Verdes» sobre o Túnel do Marquês.
Até que a voz me doa, como diz o poema…
E, calma, malta: ninguém nunca pode tirar o lugar da Lusa!!
Nem sequer o «lisboalisboa»!
Nem por brincadeira se diga…
Santana
Pacheco Pereira diz que Santana Lopes prejudica o PSD com o seu regresso à CML. Para uma parte do PS, Santana não oferece perigo para Outubro e pode ser derrotado pelo PS sozinho. Santana, nessa tese, está morto em termos eleitorais.
Mas não está. Veja a entrada do autarca, em força e num só dia:
1. Anúncio de 10 mil casas para jovens, a reabilitar nos próximos oito a nove anos.
2. Inauguração da Moda Lisboa logo à tarde e farra até domingo.
3. Retoma do projecto LX Diversão, ali para os lados da Boavista.
4. Feira Social, no Terreiro de Paço (em parceria, é certo, com a Cais, a Misericórdia etc.).
5. Retoma da noite como modelo de promoção: o programa de habitação social é anunciado aos jovens numa discoteca.
… Isto, em 24 horas. É muito. Imagine o que vai acontecer nas próximas 210 vezes 24 horas – que é quanto falta para o 9 de Outubro.
Mário Soares lê este ‘blog’
Por estas e por outras é que aqui dissemos já várias vezes que a esquerda tem de se pôr a pau. Mas parece que lá para os lados do Rato, a coisa vai confusa. Mário Soares repete isso mesmo hoje, na «Visão»: o PS tem de fazer frente à direita e até escreve: «com o PCP e o BE ou ambos». E ele sabe do que fala. Deve ser leitor deste ‘blog’. Só pode!
Chegou o Verão!
Acabou o Inverno acabrunhado de Carmona Rodrigues, diz-se. Chegou o Verão festivo de Santana Lopes. É a festa! A vida é bela.
A propósito de Bela: parabéns de vários leitores (verdade!) à Anabela Mendes (AM) que, na edição de hoje do «Público», situa a dívida das CML a fornecedores nos 211 milhões de euros. O total da dívida é maior, muito maior. Dívidas à banca, rescaldo das negociatas do tipo Parque Mayer, Parque Expo e similares. Mas AM deixa claro, até pelos gráficos que publica, a realidade incrível: de 105 milhões há um ano, a dívida a fornecedores subiu para 211, pelo menos.
E este fim de festa, até Outubro, vai ser de «arrebenta», como está bom de ver.
Por isso é que Fontão de Carvalho não terá grande apetência para continuar no pelouro das Finanças...
Sessão da CML
Amanhã de manhã tem lugar a primeira sessão do novo ciclo. Há quem pense que vai decorrer de forma algo irregular. Não há pelouros. Não há competências da CML delegadas no seu presidente e sub-delegadas por este nos vereadores e por estes nos dirigentes municipais. Por essa razão, coloca-se a dúvida sobre se serão válidas as propostas presentes à sessão, assinadas e apresentadas por vereadores sem competências delegadas (se bem que nada na lei parece impedir um vereador de apresentar qualquer proposta). Mas:
1. Se Carmona Rodrigues apresenta propostas assinadas há dias, enquanto presidente, é possível votá-las amanhã?
2. Se há propostas apresentadas por Fontão de Carvalho ainda enquanto vereador do pelouro de Finanças, ele quererá mantê-las?
3. Se há propostas apresentadas por António Proa, que já não é vereador, elas mantêm-se?
4. Santana Lopes subscreve-as todas e pronto?
5. Os vereadores, designadamente os da oposição, aceitam este modelo?
Plano e Orçamento da CML
Como saberá, a Assembleia Municipal rejeitou o PA e o OM para 2005. Por isso, a CML está a funcionar com base em duodécimos.
Mas na última semana em que ainda detinha o pelouro de Finanças, Fontão apresentou um novo Plano e um novo Orçamento.
Pergunta-se: podem estes documentos ser votados, agora que Fontão já não detém o pelouro? Ou Fontão vai voltar ao pelouro?
Verbas para as freguesias
Continuam nos cofres da Câmara e não foram até agora transferidas para as freguesias verbas que já deviam ter sido entregues às freguesias. Trata-se de quantias relativas ao cumprimento de protocolos de descentralização. Ou seja: as juntas conservam os ajardinamentos, garantem o funcionamento de Tempos Livres, apoiam toxicodependentes etc., por acordo com a CML que se compromete a entregar-lhes as verbas acordadas.
Mas até agora isso não aconteceu, pelo menos nalguns casos. Joaquim Cunha, presidente da junta do Beato, é uma das ‘vítimas’ desta situação. Mas não é caso único, segundo sei. É que, por estas razões, há juntas já com a corda na garganta.
O problema já foi presente à Assembleia Municipal, como aqui se referiu antes, houve garantias de que tudo seria resolvido, mas não…
Pode haver estrangulamentos de tesouraria a curto prazo. «Pessoal daqueles serviços, que estão a recibo verde, pode vir a ser prejudicado, quando a almofada da junta se acabar».
António Proa critica
Na despedida, o ex-vereador António Proa (PSD), deixa um registo: tem pena de largar as tarefas que estava a desempenhar. E salienta um exemplo: «as obras do Parque da Bela Vista, uma zona que estava esquecida».
A verdade é que o Parque estava um brinquinho, quando aquela ideia do Rock in Rio o destruiu. E, de facto, como a junta de freguesia de Marvila repetidamente tem afirmado, aquilo agora parece o Iraque, passe a expressão.
O que Proa aqui vem dizer é que tem pena de não ter tido tempo para emendar esse erro de Santana Lopes e o abandono do Parque por parte de Carmona Rodrigues desde então. Aquela afirmação só pode ser lida desta forma: é uma crítica velada.