A Associação dos Amigos de Monsanto mantém a sua atenção centrada no pulmão verde da Cidade e da Região lisboeta.
Eis o enquadramento do Parque e o correspondente programa de trabalho da Associação:
900 hectares de floresta desde 1936
«O Parque Florestal do Monsanto, criado por Duarte Pacheco em 1936, cuja área se estende por cerca de 900 hectares (cerca de 1/8 da cidade de Lisboa, e está ligado a 8 freguesias de Lisboa, constituindo uma mancha verde que beneficia toda a área metropolitana de Lisboa. E tem como instrumento de gestão O Plano de Ordenamento e Revitalização de Monsanto (PORM) desde 1990. Cerca de dez anos depois o PORM foi revisto. Mas deve-se fazer uma nova revisão do PORM e adaptá-lo às novas realidades ambientais.
Legislação, precisa-se
E, como suporte fundamental para a sua sobrevivência, deve-se criar legislação na Assembleia da República que classifique o Parque Florestal de Monsanto como Área Protegida de Interesse Regional e o preserve de futuras amputações, realçando a importância do Parque Florestal enquanto estrutura ecológica essencial para toda a Área Metropolitana de Lisboa e, com a sua biodiversidade, como excelente produtor de oxigénio.
O diploma seria o suporte técnico-legal que viria no futuro a proteger os bens jurídicos como a conservação da Natureza, protecção de espaços naturais e paisagísticos, preservação de espécies de fauna e flora, manutenção de habitantes naturais, salvaguarda de equilíbrio ecológicos; protegendo valores ambientais e património cultural e arquitectónico, salvaguardando um bem de uso público; não permitindo que ciclicamente estivesse sujeitos a pressões e apetites imobiliárias ou de outra índole, mas mascaradas de zona de diversão; impedindo de uma vez por toda a sua fragmentação, o seu desvirtuamento com actividades e equipamentos que chocam e afectam substantivamente o seu equilíbrio ecológico.
Espaço público livre
O Parque do Monsanto deve ser visto como um espaço público florestal aberto á utilização livre da população.
O Parque Florestal do Monsanto não deve ser visto isoladamente, mas sim de modo articulado com a cidade e até com os Municípios contíguos.
Exemplos:
Manutenção do Monsanto enquanto espaço geograficamente unido com preservação da sua finalidade florestal e ambiental; criação de novos acessos através de corredores verdes, a partir de diferentes zonas da cidade, nomeadamente Parque Eduardo VII, Jardim Amália Rodrigues, Palácio Marquês da Fronteira, Av. José Malhoa, e outras ligações que permita a sua fruição de bicicleta, a pé ou ‘trotinete’; instalação de bebedouros e chuveiros e caminhos pedonais; melhoria da sinalética; limitar o uso do carro; fechar mais zonas a veículos motorizados; estabelecer limites de velocidade de viaturas, criar barreiras junto das passadeiras, iluminá-las; estabelecer protocolos e parcerias com associações ambientais e outras entidades, que prossigam actividades lúdicas e não poluentes; promover eventos desportivos de carácter competitivos ou lúdicos, nomeadamente ciclismo atletismo, montanhismo; retirar o campo de tiro do Monsanto.
Não aos guetos privados em Monsanto
O Monsanto não deve ser retalhado para usos privados, contra o seu loteamento e transformação de uso público para espaços privados de acesso condicionado.
O Monsanto deve aumentar a sua área verde.
Envolver de modo participativo a população na escolha das melhores soluções
Defendemos um espaço verde de lazer, recreio e desporto ao ar livre, onde as áreas de impermeabilizadas sejam reduzidas ao mínimo, mantendo o Parque Florestal de Monsanto como uma unidade ecológica e paisagística, que não pode ser loteada.
Atrair a população ao pulmão da cidade é de louvar, mas nunca à custa da sua destruição ou mutilação através de lotes, que transformem o PFM e guetos privados. O PFM é indispensável como estrutura ecológica da Área Metropolitana de Lisboa.»