Sá Fernandes candidata-se à CML pelo Bloco
O advogado e polemista José Sá Fernandes é o cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda para as eleições autárquicas em Lisboa: candidata-se à CML.
Da sua lista constam alguns intelectuais da área literária e cinematográfica.
Caiu por terra a hipótese alardeada de este ‘posto’ ser ocupado por Ana Drago.
Túnel
Perdida a hipótese «referendo», a Quercus, pela voz de Carlos Moura, veio recordar que ainda pendem sobre a obra várias acções e condicionantes: uma acção particular de um advogado, uma fiscalização concomitante do Tribunal de Contas e uma acção nos Tribunais europeus. E acrescentou que a Quercus solicitou ao novo ministro do Ambiente que retome o Estudo de Impacte Ambiental.
Dívida ainda maior
A propósito de dívidas: tive acesso a um estudo aprofundado que mostra o galope crescente da dívida e a situação financeira da CML que é cada vez mais complexa.
A dívida mais preocupante pode somar, no final de 2004, realmente mais do que o valor já referenciado de 211 milhões de euros, melhor: 211 milhões e 200 mil euros (estamos a falar apenas de dívidas a fornecedores): pode ir aos 225 milhões...
Mas o total de dívidas é bem maior.
Na sessão da CML de ontem, o vereador das Finanças, Pedro Pinto, garantiu que a Conta de Gerência de 2004, a apresentar pela CML dentro de semanas, vai referir muito menos.
Aguardemos.
Carrilho
Sem sombra de dúvida: ontem Jorge Coelho venceu as últimas resistências da Concelhia do PS. Carrilho está designado como candidato do PS para em Outubro se apresentar ao eleitorado na Cidade de Lisboa.
Ferro
Na despedida da hipótese «candidatura», Ferro Rodrigues desejou que o PS encontre um modo de ganhar a CML e que alargue a unidade da esquerda em Lisboa.
Espero exactamente o mesmo.
Mas que não seja pelos critérios de Rogério Rodrigues, que entende que as votações nas eleições legislativas podem ser transpostas para as autárquicas. O mundo inteiro sabe que não é assim, e ele, Rogério, ainda melhor: acompanhou esse fenómeno ao pormenor na Amadora, durante anos e anos, enquanto cidadão e depois de modo ainda mais profundo enquanto director do «Grande Amadora». E até enquanto membro do directório político da candidatura da CDU, ou melhor, do candidato da CDU.
Não foi, Rogério?
Soares
João Soares alimentou o sonho de voltar à CML como presidente. Não será ainda desta.
Mário Soares «deve estar com a cotação em baixo», diz um amigo meu. Não só porque não conseguiu a designação do filho mas ainda porque já se dispõe a escrever para um dos jornais de menor tiragem em Lisboa: «A Capital», um daqueles diários de que mais gosto e que não dispenso em cada manhã.
Abaixo-assinado
Metro até às 3 da manhã no fim de semana
Uma Comissão de Utentes está a dinamizar um abaixo-assinado para que os horários do metropolitano em Lisboa sejam prolongados até às três da manhã. O texto pode ser encontrado em http://www.petitiononline.com/metro3h e pode ser assinado e enviado dali mesmo. A minha assinatura tem o número 263. Quando chegar às mil, a Comissão entrega o abaixo-assinado à administração do Metro.
Eis o texto integral:
«Metropolitano de Lisboa
Nós, os abaixo assinados, pedimos ao Metropolitano de Lisboa e a todas as entidades responsáveis que o serviço de Metro seja prolongado até às três da manhã às Quintas, Sextas e Sábados.Este prolongar do serviço, resolveria vários problemas tais como: Redução da sinistralidade rodoviária. O Metro seria uma alternativa segura à condução sob o efeito de álcool. Dificuldades de estacionamento. O estacionamento perto de zonas de diversão nocturna é um problema grave de Lisboa. O Parque de Estacionamento do Camões, no Chiado, por exemplo, está normalmente completo muito antes da meia-noite. Alternativa de menor custo ao táxi. Neste momento, o único transporte responsável é o táxi, cujo custo é bastante elevado.
De modo a compensar a empresa pelo custo deste serviço alargado, aceitamos que o Metropolitano de Lisboa não aceite como válidos os passes e que cobre bilhete a todos os passageiros.»
Música
Neste fim-de-semana, dois acontecimentos musicais a valer a pena em Lisboa.
Adoro jazz. E, no sábado e no domingo, há jazz até cair para o lado no São Luiz. É a terceira Festa do Jazz. Começa às 14 horas. A entrada é livre até às 19 horas.
Por outro lado, no Forum Lisboa, o meu especialmente apreciado Rão Kyao vai apresentar mais um disco seu.
Vou tê-lo no carro a rodar horas seguidas, essa está garantida!
Azar
Azar teve ontem um vereador do PSD quando, na sessão pública, sugeria a um colega seu que fosse a determinadas instalações municipais: «O senhor vereador vá lá ver o local de viva voz».
Tratava-se da nova localização, melhor, deslocalização, dos Serviços de Higiene, Segurança e saúde.
Registo sobre vendas e tiragens
Um estudo publicitado pelo «DN» revela algumas surpresas sobre as vendas de jornais e revistas. O jornal gratuito «Dica» atingiu em 2004 a astronómica tiragem de 2,2 milhões. Nos gratuitos, ficou de fora o Metro (parceiro do Portugal Diário, on line), mas são registadas as ofertas do Destak (quase 80 mil) e do Região (208 mil).
Nos diários, o CM vai nos 115 mil, o JN nos 112 mil, o Público nos 51 mil, o 24 horas, quase 50 mil, o próprio DN, quase 40 mil, A Capital, 3 600, o Comércio do Porto, 4 300, o Record, 91 500, o Jogo, 47 mil, o Diário Económico, 11 mil, o Jornal de Negócios, 8 600.
Dos semanários: Expresso, com 131 mil; T&Q, 21 600; Independente, 14 mil; o Semanário Económico, 11 500; a Visão, 102 mil; a Sábado, 36 mil; a Focus, 23 500.
Baixaram as vendas: todos os semanários, sobretudo o T&Q; o Público, o DN e a Capital.
Subiram: os desportivos, o CM, o JN, o 24 e todos os gratuitos.
Quedas que assustam: a Capital que baixa de 5 600 em 2003 para 3 600 em 2004 (falando de vendas), embora a sua tiragem divulgada continue a ser de 20 mil exemplares; e o T&Q, que baixa de 29 mil para 21 mil.
Acrescento por minha conta e risco que é cada vez maior e mais preocupante a subida de vendas de revistas aqui não referidas, do tipo «Ana» ou «Maria»; que a revista Notícias Magazine soma as vendas do JN com as do DN, a Única acompanha o Expresso, a Pública acompanha o «Público» aos sábado; e que um jornal promocional de um empreendimento imobiliário gigantesco, o «Alta do Lumiar», faz uma distribuição gratuita de 600 mil exemplares. Stanley Ho manda...
Quem foi que disse que em Portugal não se lê??