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Nota prévia
Parece que Sócrates comprou várias guerras logo no primeiro dia. E que o estado de graça já era. Mesmo antes da tomada de posse já tinha três chatices: o aludido anti-americanismo de Freitas; o aumento de impostos; e, logo depois, as mulheres socialistas.
O governo Sócrates tomou posse às 11 e meia de sábado. Cá fora, já tinha uma delegação da Associação Académica de Coimbra para expor uma série de reclamações. Nessa tarde, a Associação de Inquilinos Lisbonenses, com mais de uma dezena de entidades ligadas aos problemas do inquilinato (veja mais abaixo) organizava um fórum-debate em Lisboa para assentar numa série de pontos a colocar em cima da mesa quando, num dos próximos cem dias, o governo quiser alterar o Leio das Rendas. Na mesma tarde, a Associação Nacional de Farmácias, que não gostou do anúncio de Sócrates de que vai pôr fim ao monopólio das farmácias numa faixa restrita de venda de medicamentos, divulgou logo um violento e mal-educado comunicado sobre o assunto (a Ordem dos Médicos e a Deco apoiaram Sócrates).
Nessa manhã, a sondagem do Expresso (e na noite anterior na SIC), da responsabilidade da Eurosondagem, dava ao PS uma baixa de votação para 39%.
Já antes da tomada de posse rebentara a primeira guerra dentro do PS: havia poucas mulheres no governo. Resposta de Sócrates: não as há com protagonismo político e técnico… Foi uma bronca.
Bolas! Nunca o estado de graça de um governo foi tão curto…
Isto tem a ver com Lisboa, sim!
Mas em que é que o estado de graça do governo e tal afecta Lisboa, a CML, as autarquias? Pois se este ‘blog’ é só dedicado a Lisboa, o que é que isto tem a ver?
Pois bem: tudo o que atrás escrevi tem interesse para Lisboa em matéria de candidaturas. Relaciona-se directamente com o que aqui se escreveu há dias a propósito de no PS estar a ganhar terreno a ideia de que uma sondagem indicaria que há condições para o PS ganhar sozinho a câmara de Lisboa.
Estão a ver o erro? Não se vê logo que ainda é tão cedo para estas conclusões…
Autárquicas: a data
Está decidido: 9 de Outubro será a data de realização das eleições autárquicas. Sócrates podia estabelecer uma das datas entre 20 e poucos de Setembro e 9 de Outubro. Escolheu a última. E acrescentou-lhe outra consulta eleitoral: o referendo do chamado Tratado Constitucional Europeu – matéria esta que ainda vai dar muita discussão (a simultaneidade das duas consultas eleitorais).