sexta-feira, março 04, 2005


No Brasil está um calor dos diabos!

Tenho dois amigos de férias no Brasil. Lá está calor. Um ‘calorão’, em contraste com o que se passa em Lisboa. Lá, ’tá-se bem!
Não sei porquê, mas a associação de ideias é automática em mim. Por instinto, lembrei-me imediatamente daquela história mais ou menos escabrosa de Durão Barroso, ainda primeiro-ministro. Um dia, ele arrancou repentinamente de férias para o Brasil. Só depois soubemos que estivera nos domínios de Pereira Coutinho, e que fora transportado no ‘jactinho’ do mesmo.
Na altura as más-línguas falaram de acordos e negócios. De Falagueiras e similares. Mas não. Nada disso. A única coisa que se provou é que eram amigos. Muito amigos.


Nomes, nomes, nomes

Dos nomes para o governo, nada se sabe (e, se calhar, ainda bem). Mas dos nomes de candidatáveis para a CML, correm dúzias de hipóteses. Em vários partidos. No PSD, já se falou de Mexia, de Carmona, de Santana… No PS, o terreno é mais fértil. A «Visão» tem a certeza de que será Jorge Coelho. Da Concelhia de Lisboa dizem que preferem Ferro Rodrigues, foi bem recebido num desfile pelas ruas da Cidade durante a campanha, porque soube desaparecer por uns tempos, e porque a sondagem sobre Carrilho não deu grande coisa. Mas Carrilho está na corrida pelo próprio pé. Quem mais? Mega Ferreira? Maria de Belém? Quem mais dá o primeiro passo?

Acordos? Coligações?

Quanto a acordos e coligações, o PS promete que terá novidades este mês e que pode concorrer sozinho. A CDU também terá novidades este mês e diz que está a preparar todo o processo como sempre para se apresentar a eleições com a sua sigla, e que já tem o programa quase pronto. O Bloco admite concorrer sozinho ou não.
No Porto, o PS propõe coligação à CDU e ao BE. Mas Rui Sá (PCP) diz que antes tem de se falar de programas de acção porque o que vê no PS de Vila do Conde e de Matosinhos não lhe agrada.
Transportado para Lisboa, este mesmo cenário pode ainda dar muito que falar…


Pânico em alguns corredores da CML

Agora já não pode ser escondido: Santana Lopes vai regressar. O empacaotamento de materiais nos gabinetes não podia deixar margem para dúvidas.
Há muito mais do que a ansiedade nos mesmos corredores que há dias referi: já é pânico. Noutros há indecisão sobre o que fazer e quando. E os comentários, vindos até de sectores do PSD, são certeiros: o PS já lhe resolveu os problemas com o Parque Mayer; e o Túnel está a andar – até nisto Santana Lopes tem sorte, diz-se… Ainda em Lisboa, bem dizia um dia destes Carmona Rodrigues que, na inauguração do Campo Pequeno, no Verão, ia estar de certeza presente, ou como presidente da CML ou como cidadão. Não disse «… ou como vice-presidente» da CML. Não podia ser mais claro. Nós, é que não quisemos perceber na altura. Agora estará, segundo uns no Brasil e segundo outros nas Canárias. Ao que se sabe, o telefone foi uma grande invenção para estas alturas.